Missão China - 1/20
#Cap 1: Apresentando a Missão#
#Ministério da Magia, Departamento de Aurores, 7:30 da manhã#
Blaise Zabini, Draco Malfoy, Gina Weasley e Luna L. Zabini estavam ocupando, cada um sua mesa, na sala conjunta dos aurores. Liam importantes relatórios sobre recentes casos sem solução. A Inglaterra passava por uma crise séria na segurança. Importantes empresários bruxos e trouxas estavam sendo assassinados e nem os aurores nem a polícia sabiam quem estava por trás disso.
O que se sabia era que a população se mostrava mais e mais impaciente. Cada vez que surgia a notícia de que outro empresário tinha sido encontrado morto, uma profusão de berradores era entregue, para irritação dos funcionários do Ministério.
Aquela manhã não estava sendo diferente. Há uma semana, o corpo de Ji-Tsu Chang fora encontrado no quarto do hotel que ele ocupava. Causa da morte: laceração na garganta, produzida provavelmente por um corte rápido feito por uma lâmina muito afiada.
A chegada de uma revoada de corujas, cada uma trazendo o já costumeiro berrador tirou os jovens de suas tarefas. As aves provocaram uma tremenda confusão derrubando pilhas de documentos e virando tinteiros. Quando finalmente saíram, Blaise exclamou:
-Esses bichos tão me deixando maluco! Juro que se mais alguma coruja entrar por aquela porta, eu estuporo.
-Então prepara a varinha que a secretária do Shack tá vindo aí. – disse Pansy Parkinson, entrando na sala. – Como vocês estão?
-Bem – respondeu Luna. – E você, tá melhor?
-Ah, Já acostumei com fraturas... – respondeu a morena, cobrindo a boca com a mão para esconder um bocejo. – Gente, o que eu tô fazendo aqui a essa hora?
-Bom dia a todos. – cumprimentou Harry Potter, chegando à sala – Pansy, e os ossos?
-Tão inteiros. Depois de um mês de molho...
-Com licença. O sr. Shacklebolt vai recebê-los às 8 em ponto. Não se atrasem! – informou a sra. Zaggs, a secretária de Quim Shacklebolt, o chefe-geral do Departamento de Segurança do Ministério da Magia, retirando-se a seguir, sem dizer sequer um bom-dia.
Após a partida, os 6 fizeram uma cruz com os dedos na direção da porta, como se quisessem cortar a má influência da chatice da mulher.
-Não suporto essa velha! – disse Gina – É muito antipática!
-E, pra piorar, o nome da velha é Fiorella. Ela parece uma mistura de coruja, testrálio e urubu.– disse Blaise, arrancando risos de todos.
-Acho que os testrálios são mais sociáveis. – disse Pansy – Há quanto tempo será que ela trabalha aqui?
-Não sei, mas acho que ela foi secretária de Salazar Slytherin antes de vir pra cá. – disse Draco, voltando os olhos para os documentos que tinha nas mãos. Harry se adiantou até sua mesa, pegou uma pasta e examinou atentamente seu conteúdo.
Pansy aproximou-se para ler por cima do ombro dele.
-Sobre o que são esses relatórios?
-É o material sobre os casos dos empresários assassinados. Você não recebeu?
-Não sei, na minha casa não chegou nada. Deve estar aqui. – a morena vasculhou as gavetas de sua mesa e encontrou uma pasta idêntica às que os amigos examinavam. Abriu-a e verificou o conteúdo: fotos de vigilância, informações bancárias, transcrições de escutas telefônicas e outras informações referentes ao caso. Começou a entender porque fora tirada de casa para uma reunião às 8 da manhã.
-Não houve nenhum avanço nesses casos?
-Não. Já houve suspeita até de que isso era coisa de serial-killer, mas não há nada concreto. – respondeu Gina.
-Então é por isso que estamos aqui. – disse Blaise, desanimado – Que droga, eu não queria esse caso...
-Achou mesmo que iriam nos deixar de fora? – perguntou Gina – Somos uma tropa de elite.
Era verdade. Os seis, apesar de muito jovens, eram bastante conceituados. Somando, juntos já tinham, até o momento, 19 medalhas por Serviços prestados à Pátria. Na prática, isso queria dizer que eles já tinham colocado muitos criminosos perigosos em Azkaban.
Um simpático aviãozinho de papel roxo entrou na sala e ficou circulando sobre a cabeça de Pansy. Ela o pegou, sorrindo e disse:
-Adoro essas coisinhas, tenho um monte delas em casa. – e abriu o memorando. Fez uma cara de desagrado ao terminar de ler.
-Problemas? – perguntou Harry.
-Nada de mais. Só que algum idiota reclamou do meu carro, disse que era muito grande. É uma picape, não uma limusine! Além do mais, eu estacionei na minha vaga. Se esse imbecil não consegue manobrar naquela garagem espaçosa, a culpa não é minha!
-Eu não entendo como você prefere vir de carro. Aparatar é tão mais rápido. – disse Draco.
-Eu gosto de dirigir, só isso. É claro que quando o trânsito tá impossível, eu dou um jeitinho: encolho o carro, guardo na bolsa e aparato. Sigilosamente, claro.
Eles continuaram conversando sobre os mais diversos assuntos até que Draco consultando o relógio, viu que faltava pouco para a reunião com Quim Shacklebolt. Dirigiram-se à sala de reuniões e aguardaram o chefe.
A sra. Zaggs entrou e pôs sobre a mesa uma bandeja com água e café. Antes de sair, deu uma olhada nos jovens, e ao ver que eles não estavam com as pastas sobre os casos, disse:
-Por que não trouxeram as pastas? Acharam que eu as coloquei em suas mesas pra enfeitar?
-Desculpe, não... – Luna tinha começado a explicar, mas foi bruscamente interrompida.
-Esqueçam. Eu pego. – e saiu da sala, resmungando. Voltou segundos depois e pôs a pilha de pastas sobre a mesa. Abriu a boca para ralhar com eles mais uma vez, mas a chegada do chefe a fez se calar.
-Bom dia a todos. – cumprimentou Quim Shacklebolt. – Obrigado, Fiorella. O projetor de slides está pronto?
-Sim senhor. Deseja mais alguma coisa? – perguntou, num tom profissional.
-Sim, anote os recados do departamento de aurores, por favor.
-Sim senhor. – disse Fiorella, olhando os jovens como se quisesse matá-los.
Quando ela saiu, Quim comentou:
-Às vezes tenho medo dessa mulher... Ela tá com raiva porque parece que tem uma picape atrapalhando o acesso ao carro dela. Sabiam que ela já trabalhava aqui quando eu ainda era auror? E já era velha na época...
Os seis riram e pegaram as pastas. Quim apagou algumas luzes e ligou o projetor. A primeira imagem era de um conhecido empresário trouxa.
-Sra. Zabini, pode nos esclarecer quanto à identidade desse senhor?
Luna verificou os arquivos na pasta e disse, em voz alta:
-Henry Dubois, 55 anos. Sócio de uma indústria de tecnologia. Foi encontrado morto em seu apartamento há dois meses. Causa da morte: laceração na garganta. Provável arma do crime: uma lâmina comprida, como de uma espada japonesa.
-Uma katana? – perguntou Pansy.
-Exatamente, srta. Parkinson. E o próximo é?...
-Marcus Copelland, 57 anos, sócio do Gringotes. O corpo foi encontrado em casa, uma semana depois de Dubois. Causa da morte: laceração na garganta. Arma do crime: lâmina comprida.
-O terceiro...
-Mary Ann Baker, 49 anos, dona de uma empresa de importações. Encontrada morta na própria cama. Causa da morte: vocês já podem adivinhar.
-Laceração na garganta. – disseram os outros cinco.
-E finalizando... – disse Quim, exibindo o último slide.
-Ji-Tsu Chang , 62 anos, dono de um conglomerado de empresas. Domina grande parte do comércio asiático. Encontrado morto semana passada pela filha.
-Causa da morte? – perguntou Gina.
-Ainda não recebemos o laudo da perícia. – disse Quim – Mas pelo depoimento que a filha deu à polícia, a causa da morte é a mesma: laceração na garganta.
Ele desligou o projetor e acendeu as luzes com um movimento de varinha. Encarou os jovens e perguntou:
-Então, aurores, o que acham?
-As vítimas tinham alguma conexão? – perguntou Harry.
-Aparentemente não.
-Então temos quatro homicídios em dois meses, com características semelhantes? Ou é um serial-killer ou crimes encomendados. – disse Pansy.
-Exatamente o que eu acho. – disse Quim, mostrando um relatório – Por isso, eu pedi uma investigação sigilosa sobre as vítimas.
-Não fomos informados desse avanço nos casos.
-Que parte de ‘investigação sigilosa’ o senhor não entendeu, sr. Zabini? – perguntou Quim, sem tirar os olhos do relatório sobre as vítimas. Quando terminou a leitura, pegou a varinha e a agitou: cópias do documento surgiram e dirigiram-se aos seis jovens. Antes, porém que estes terminassem de ler, Quim fez uma importante observação:
-Parece que existe uma conexão entre as vítimas: Chang.
-Ji-Tsu Chang? Mas ele também foi assassinado. – disse Draco – Eles estavam envolvidos em algum negócio que deu errado?
-Ao que parece, Chang e as outras vítimas eram sócios em atividades criminosas como tráfico de drogas, de pessoas e contrabando.
-E algum concorrente resolveu tirá-los do negócio. – concluiu Gina, com pesar.
-Quase isso, srta. O relatório conclui que a morte das três primeiras vítimas foi por ordem de alguém da família Chang, mas o assassinato de Ji-Tsu muda todo o panorama.
-Algum Chang foi o mandante dos três primeiros homicídios. Pode ter sido o mandante do quarto também. – opinou Blaise – Sempre tem alguém invejoso o bastante pra fazer isso: matar o chefe da família e tomar o lugar dele.
-Exato. E essa é nossa principal suspeita dos homicídios. – disse o chefe, mostrando a foto de uma mulher. Pansy arregalou os olhos. “Não pode ser!!”. Começou a respirar ruidosamente, chamando a atenção dos outros.
-Tudo bem, Pansy? – perguntou Harry, preocupado.
-Hiragizawa... – disse a morena, com raiva.
-Você a conhece? – perguntou Luna.
-Nos esbarramos por aí...
Na verdade, prender Miho Hiragizawa fora uma missão que Pansy não conseguira cumprir. Chegara a cercá-la num apartamento, junto com mais dez aurores de reforço, mas a japonesa conseguira fugir. Não sem antes dar uma surra na morena que não a matara por sorte. Pansy ficou em coma por oito dias e teve várias fraturas. Dos aurores de reforço, Miho matara dois e quebrara alguns ossos de quatro. Os restantes ficaram apavorados demais para se mexer.
A voz potente de Quim tirou a jovem dessas lembranças:
-Pois essa é a missão de vocês: encontrar a assassina e o mandante e trazê-los à Justiça! – disse Quim – E eu quero todos juntos trabalhando nesse caso. Mobilizem todos os departamentos que precisarem. Quero relatórios preliminares em 10 dias. Podem ir.
Os seis jovens saíram da sala pensando que aquela seria a maior missão de suas vidas.
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