Feitiço contra o Feiticeiro 4/16

22:34 Juh 0 Comments

Capítulo: 4/16
Status: Concluída
Tipo: Romance 
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy; Blaise/luna
Classificação: G - Fanfic Livre


Capítulo 4: Preparando o Terreno




Conforme as semanas passavam, a proximidade do Natal animava os estudantes, principalmente os que tinham sido convidados para a mega-festa de Natal que Pansy daria em sua mansão.
A garota passara grande parte das últimas semanas cuidando dos preparativos e, apesar de nunca confirmar ou negar os inúmeros boatos que corriam pelo Castelo, garantia a todos que seria a maior festa já dada pela Família Parkinson.
Faltava cerca de duas semanas para o Natal, quando os convites formais chegaram aos estudantes. A costumeira revoada de corujas se distribuiu pelas mesas, entregando os elegantes convites em um papel muito branco e letras verdes e brilhantes.
Todos os alunos convidados acenaram para Pansy, que tomava café à mesa da Sonserina e retribuía os acenos, distraidamente. Ainda tinha alguns detalhes da festa para acertar e todo o próprio visual para planejar. Afinal, aquela não seria uma festa qualquer: seria o inicio do fim das galinhagens de Harry Potter!

#Mesa da Grifinória#

Harry lia atentamente o convite da festa de Pansy, pensando que aquela seria a oportunidade perfeita para conquistá-la. Seu plano inicial (transformar-se no homem dos sonhos de Pansy) teve que ser revisto, uma vez que as informações colhidas por Lilá e Parvati não tinham sido nem um pouco esclarecedoras.
O “Dossiê Parkinson” continha apenas cinco ou seis nomes. A mentira que inventara para as duas garotas tinha se mostrado verdadeira: Pansy realmente não namorara muito em Hogwarts, ou mesmo fora dela. O relacionamento mais recente (Josh Hartnett, 7º ano, Corvinal) durara menos de um mês. E os outros componentes da lista eram tão variados em estilo e gostos que não havia como formar um padrão. No fim das contas, ele chegou à mesma conclusão que Lilá e Parvati: Pansy era mesmo uma garota que não gostava de ‘se amarrar’.

#Mesa da Sonserina#

Blaise tomava seu café tentando ignorar os comentários excitados de seus colegas a respeito da festa.
Os boatos sobre como ela seria, já rolavam há algum tempo, quando Pansy fez circular por toda Hogwarts, ‘flyers’ sobre a festa. O episódio quase rendera à garota uma detenção.
Blaise terminou a refeição e correu os olhos pelo Salão, procurando por Luna. Fazia isso todos os dias para observar a garota à distância. Não podia se aproximar dela, pois cada vez que tentava, ela lhe lançava uma azaração. A última lhe encolhera a cabeça, e ela só não fora para a detenção porque Blaise disse não ter visto o ‘agressor’.
Tudo o que queria era fazer as pazes com a loura, mas ela não dava chance e ele finalmente descobrira o porquê: a mentira que Malfoy contara a Parvati e Lilá.
Blaise tentou contar a Luna a verdade, mas a garota não acreditou. Ela disse que perguntou às garotas de onde elas tinham tirado aquilo e elas lhe asseguraram que a fonte da informação era absolutamente confiável. Luna, então, supôs que a tal ‘fonte confiável’ devia ser um dos amigos de Blaise, e que portanto, a história era verdadeira.
Isso já tinham algum tempo e a garota não dava sinais de que poderia perdoá-lo. A única maneira de conseguir isso seria Draco contar a ela toda a verdade.
Como o mesmo não se encontrava à mesa, Blaise resolveu falar com Luna para que a moça pudesse encontrá-los mais tarde e (se Merlin quisesse) resolver a situação.
Com essa certeza em mente, Blaise levantou e dirigiu-se à mesa da Corvinal.

#Mesa da Corvinal#

Luna observou Blaise levantar e caminhar em direção à mesa de sua Casa. Gina, que estava a seu lado, percebeu o nervosismo da amiga.
-Ai meu Deus, Gina. Ele tá vindo pra cá!!
-Até onde sabemos, ele está simplesmente andando. – retrucou Gina, mantendo a calma.
-É, simplesmente andando. Certo. – disse Luna, respirando fundo – Simplesmente andando na minha direção. E olhando pra mim! Já chega, vou embora daqui.
-Não vai, não! – disse Gina, com autoridade – Você ignora esse garoto desde aquela história que aquelas duas fofoqueiras contaram! Você nunca ouviu a versão dele.
-Que versão?! A única coisa que ele diz é que tudo é mentira!
-E talvez você devesse acreditar nele.
-Com licença, Luna. Posso falar com você? – perguntou Blaise, num tom humilde.
-Claro que pode, Blaise. – respondeu Gina – Ela tá louca pra falar com você. Aliás, eu vou indo pra não atrapalhar a conversa. Tchau.
A garota se retirou, deixando uma contrariada Luna e um confiante Blaise para trás.
-O quê que você quer? – perguntou a garota, irritada.
-Falar com você.
-Então, fala logo, que daqui a pouco eu tenho aula.
-Não tem, não. Hoje seu primeiro tempo é vago. – lembrou Blaise, irritando-a ainda mais.
-Dá pra dizer de uma vez o que você quer?
-Falar com você. Já disse isso três vezes.
-Falar o quê? Que aquela história é mentira? Você já disse isso umas quatrocentas e noventa e nove vezes!
-Se você ainda não acreditou, eu digo mais uma pra completar quinhentas. – argumentou Blaise, tranqüilamente – E vou continuar dizendo você acreditar. Mesmo que eu repita um milhão de vezes. Quem sabe, uma hora isso entra nessa sua cabeça dura.
-Você não tem que continuar repetindo, Blaise. – disse a garota, após um momento. – Mas se faz tanta questão que eu acredite, prove.
E para a surpresa dela, o garoto abriu um largo sorriso, e disse:
-Se o Malfoy estivesse aqui,eu mandava ele te contar tudo agora.
-O Malfoy?! Ele é a fonte da notícia?
-É, mas é tudo um mal-entendido. Ele inventou essa história pra Lilá e pra Parvati pra conseguir uma informação. Uma história melhor em troca de umas coisas que ele queria saber de uma garota.
Luna refletiu. Aquele era mesmo o ‘modus operandi’ daquelas meninas: levantavam informações, em troca de outra melhor. Podia até imaginar Malfoy inventando algo de última hora para dizer a elas.
Vendo que Luna finalmente lhe dera o benefício da dúvida, Blaise deu um grande sorriso e fez menção de abraçar a loura, mas ela o deteve, colocando a mão em seu peito.
-Ei, vai com calma. Eu ainda não tô completamente convencida.
-Ah, mas pelo menos, nós conversamos. E eu sinto muita falta de conversar com você.
-Não começa, Blaise.
-Mas você sabe que eu não fiz nada errado. Não existe outra garota.
Vendo a hesitação de Luna, Blaise insistiu:
-Você sabe que acredita em mim. Só não quer dar o braço a torcer.
-Acho melhor ir pra sua aula. Já tá na hora.
-Tá bom. – disse o rapaz, sorrindo e pegando seu material – Vou deixar você fugir dessa vez. 
-Sai daqui, Blaise. – respondeu a garota, tentando, em vão, esconder um sorriso.
Aproveitando a distração dela, ele lhe deu um selinho e se despediu.
Luna suspirou. Sabia que tinha sido vencida.

#20 minutos depois, Masmorra de Poções#

-E eu acho bom você ir contar a verdade pra ela, já que você é o inventor dessa história toda.
-Tá, Blaise. Eu falo com a loura, explico tudo. Agora pára de tagarelar, que embora não seja comum, eu tô querendo prestar atenção.
-Tá, tá, já calei.

Em outra bancada, Pansy ‘conversava’ com Gina através de MSN, pelo PDA.

*The PowerPuff Gina* diz:Luna e Blaise qz voltando.
P. Parkinson diz: Jura?! Q bom, até q enfim.
*The PowerPuff Gina* diz: Ela disse q a fonte da mentira foi o Malfoy.
Pansy P diz: Malfoy começando 1 boato? Pq?
*The PowerPuff Gina* diz: pelo q eu entendi, ele contou p/ saber umas coisas de uma garota aí. Aff…
Pansy P diz: senti 1 ponta de ciúmes?
*The Powerpuff Gina* diz: Ñ!!
Pansy P diz: sei…
*The PowerPuff Gina* diz: tvz. O q eu qro msm é saber qm é a garota.
Pansy P diz: qr q eu descubra?
*The PowerPuff Gina* diz: como ?
Pansy P diz: Qr ou ñ?
*The PowerPuff Gina* diz: 
Pansy P diz: dp a gnt se fala.

Pansy, então, achou o nick de Parvati e enviou a mensagem.

Pansy P diz: É verdd q o Malfoy tá realmente afim de uma garota?
P.Pat diz: Pansy, eu tô em aula!!
Pansy P diz: eu tb. Tá tendo aula de q?
Parvati diz: adivinhação
Parkinson ROX diz: ah, a Trelawney nem vai perceber. Conta a fofoca, plizzzz
Parvati [Mestra das InFoRmAçÕeS] diz: Ai, tá bom. Mas dp eu vou desligar. É verdd q o DM tá afim de uma garota, sim. Ele pediu a mim e a Lilá pra descobrirmos umas coisas sobre a GW. Em trok, ele contou akelas coisas sobre o BZ.

Descobrindo quem era a garota misteriosa de Malfoy, Pansy resolveu tirar de uma vez a dúvida sobre a história de Blaise.

Parkinson ROX diz: mas axo q isso ñ é verdd
Parvati [MeStRa das InFoRmAçÕeS] diz: o q? o negócio do BZ?
Parkinson ROX diz: é
[PaRvAtI] diz: claro q ñ é verdd. 
Parkinson ROX diz: pára de mudar o nick! rsrs.
[P@RV@TI] diz: ñ consigo. É mania. :)
Parkinson ROX diz: então o Malfoy mentiu pra saber coisas sobre a Gina?... q feio :(
[P@rvAti] diz: é, mentiu. Ñ existe garota da Lufa². Aliás, axo + provável q a garota em questão seja da Corvinal, a sua amiga Luna.
Parkinson ROX diz: eu tb percebi 1 clima entre eles. Será q é serio?
[PARVATI] diz: vc é amiga dela, descobre aí. Qnd vc descobrir algo c/ certza, me conta.
Parkinson ROX diz: ñ sei, a Luna ñ fala mto disso.

Isso não era verdade, porque Luna sempre conversava muito com as amigas, e tanto ela quanto Gina estavam cansadas de saber que ela gostava de Blaise. Mas, claro que Pansy não iria contar nenhuma história de suas amigas para as maiores fofoqueiras do Castelo.

{P}{A}{R}{V}{A}{T}{I} diz: qnt à LL, eu ñ sei, + o BZ c/ certza gosta dela. Ele ñ pára de olhar a garota e hj, antes de eu subir, eu os vi conversando e ele até deu 1 selinho nela.
Parkinson ROX diz: Ai, q fofo! :)
[Parvati][Patil][Cristal][Princess]: c/ certza! BZ+LL=♥. Mas agora,tenho q ir. Tchau.
[Parvati][Patil][Cristal][Princess] pode não responder porque parece estar offline. Clique para adicionar um número de telefone ao contato. 

“Que bom que eu fiz a Parvati dizer essas coisas!”, pensou Pansy. “Agora eu vou salvar as mensagens pra mostrar pra Luna e pra Gina”. Pansy estava armazenando a conversa na memória do PDA, quando o Profº Slughorn se manifestou:
-Acho que já pedi aos alunos para não usarem esses aparelhinhos em aula, srta. Parkinson.
-Eu sei, professor. Mas eu estava resolvendo uns assuntos urgentes sobre a festa que darei em minha casa. A propósito, o senhor já recebeu seu convite? – perguntou, com o tom e o olhar mais inocentes que tinha.
-Não tente mudar de assunto, srta. Sabe que não permito recreações em sala antes que terminem suas tarefas. – respondeu o professor, sem acreditar na mentira da garota.
-Mas eu já terminei de preparar a poção, professor.
-Então, deixe-me avaliá-la.
O professor curvou-se sobre o caldeirão de Pansy, que continha uma solução de cor pérola e textura muito lisa. A Poção Revigorante nº 3 era o antídoto da Poção do Morto-vivo e só devia ser tomada em caso de ingestão da mesma. Se uma pessoa em seu estado normal tomasse a Nº 3, teria efeitos colaterais sérios, como tremores, aceleração dos batimentos cardíacos, desorganização dos pensamentos e alucinações visuais e auditivas. Além destes, alguns efeitos bizarros também ocorriam: crescimento excessivo de pêlos nas mãos e nos pés, crescimento acelerado das unhas e, algumas vezes, um chifre pérola, da cor da poção, surgia no meio da testa. Por tudo isso, essa poção era considerada perigosa e seu preparo exigia muita atenção, pois o menor erro poderia fazê-la explodir. E caso isso não ocorresse, todos os sintomas do mau uso (inclusive o chifre) surgiriam em quem tomasse a poção mal-feita.
-Muito bem, srta Parkinson. A srta tem um talento nato para o preparo de poções.
-Obrigado, professor.
-E quanto à festa de Natal de sua família, eu recebi o convite ontem e já confirmei presença.
-Que bom. Será um prazer recebê-lo em minha casa.
O ‘velho’ deu uma risada satisfeita e informou aos alunos que o tempo de preparo da poção tinha acabado. Pediu a todos que retirassem uma pequena amostra de seu trabalho, colocassem em um frasco e pusessem sobre sua mesa. A seguir, dispensou a turma.
Harry pensou que aquela seria a oportunidade perfeita para puxar assunto com Pansy. Correu atrás da garota e alcançou-a no corredor.
-Eu entendi bem sua conversinha com o professor? O Slugue vai estar na festa?
-Não se preocupe, ele é convidado do meu pai. Vai estar em outro ambiente.
-Sua festa vai ter dois ambientes?
-Vai. A festa “dos adultos” – a garota fez aspas – terá outro tipo de música, de bebida, etc. A nossa vai ser muito mais legal. Teremos um DJ e eu também chamei uma banda. Conhece o TrollZ?
-O TrollZ vai estar na sua festa?!
-Vai. Já acertei com o empresário da banda. A Gina ficou doida quando soube.
-Imagino. Sei que ela adora essa banda.
-É.
-Você tem aula agora?
-Não, só depois do almoço. Feitiços. Mas você sabe disso, vai ter a mesma aula...
-Eu sei, só tô puxando assunto.
-Não precisa. Tem um assunto que eu quero tratar com você. – inventou Pansy.
-E o que seria? – perguntou Harry, meio na defensiva.
-Bom, eu quero saber se o Draco vai à minha festa com alguém.
-Eu não sei, mas acho provável que ele convide a Gina. Anda arrastando um Rabo-córneo por ela.
-É, eu percebi isso também. 
-Era só o que faltava. Primeiro, o Ron que se mudou pra Itália com a Hermione durante as férias. Depois, o Blaise que se arrasta pela Luna. Agora, o Malfoy que também vai negar a raça. Onde o mundo vai parar? – exagerou propositadamente, o garoto.
-Tudo isso é inveja dos seus amigos?
-Inveja do quê? De estar com a mesma pessoa sempre? Prefiro minha solteirice.
-Eu também. Não entendo essa fixação que as pessoas têm em estar sempre junto de alguém. Por isso que meus relacionamentos não duram muito.
-Os meus também não. Eu gosto de sair, curtir. Isso, por acaso, é crime?
-Eu sei. Mas parece que os caras andam com pressa de casar. A gente sai uma vez, e eles já falam em conhecer a família. É assustador.
-Concordo plenamente. Também passo por isso. Uma vez, eu saí com uma garota que, do nada, começou a falar de filhos. Disse que tinha escolhido os nomes!
-Nossa, ela devia estar viajando. – disse Pansy, rindo da cara de desespero de Harry.
-É, totalmente surtada. Aí, o que eu podia fazer? Inventei que estava passando mal e terminei o encontro, ou melhor, a tortura mais cedo. 
Pansy riu mais ainda. Por um lado achava Harry um cretino por fazer essas coisas. Por outro, achava que ele estava certo. Algumas garotas não tinham a menor noção de como se comportar num encontro. E, bem ou mal, era melhor dar um fora no primeiro encontro do que enrolar a garota e fazê-la sofrer mais ainda. Pela primeira vez, achou que aquele desafio poderia lhe trazer algum benefício. Afinal, se ia conquistar Harry, porque não aproveitar um pouco?
Ao vê-la sorrindo, Harry pensou que não seria fácil conquistá-la, pois ela também parecia ter a mesma ‘aversão’ a compromissos que ele tinha. Mas ela era tão bonita, que ele não se importava nem um pouco de passar o tempo que fosse preciso jogando seu charme para cima dela.
-O que você acha de, para evitarmos essas companhias desagradáveis, nós aparecermos juntos na festa? Assim, as garotas desinteressantes vão manter distância. – “E, de quebra, mantenho concorrentes fora do caminho”, pensou a garota.
-Boa idéia. – “Ótimo, assim os outros caras vão ficar bem longe”. – Sabe Pansy, você é bem diferente do que eu pensava.
-Então espero que não tenha se decepcionado – respondeu a garota, num tom charmoso.
-Muito pelo contrário! Eu tô achando que a gente vai se dar muito bem.
-Sério? Eu tava pensando a mesma coisa.

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Cap 5 >>

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