Missão China - 11/20
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~*Restaurante do Hotel Iang-Tsé*~
-Srta. Granger, sua ajuda foi muito valiosa para a nossa missão. Mas como nosso sigilo foi quebrado, a srta não está mais segura. Como líder dessa equipe, é meu dever zelar por sua segurança...
-Porque você tá falando assim, Malfoy? – interrompeu-o Hermione.
-Ele gosta de bancar o chefe. – brincou Blaise, arrancando risos de todos.
-Ai, não sei porque ainda perco meu tempo... – resmungou Draco, rendendo-se às risadas – Seguinte: fomos descobertos ontem, por isso estamos em evidência. Hermione, se continuar aqui, pode se tornar um alvo em potencial, então eu recomendaria voltar bem rapidinho pro Egito.
-Mas, e vocês? Vão ficar? – todos a encararam com as sobrancelhas erguidas – Deixa pra lá.
-Mi, como anda o Rony? A temporada de quadribol já deve estar acabando, né? – perguntou Gina.
-É. Meu trabalho nas escavações também tá terminando. Finalmente poderemos casar. Se ele não arrumar outra desculpa...
-Que isso, Mione, Ron não ia adiar o casamento. Ele deve estar nervoso, mas não vai dar pra trás. – garantiu Harry – Só espero estar lá pra ver meus amigos se casando! – acrescentou, sem pensar, causando um mal-estar.
-Que comentário infeliz, Potter.
-Desculpem, foi sem querer.
-Bom dia, pessoal. – disse Luna, chegando à mesa que os amigos ocupavam. Sentou ao lado do marido. – Malfoy, terminei o relatório com os acontecimentos da reunião.
-Que feio, Blaise, deixando a Luna trabalhar no seu lugar?! – brincou Pansy.
-Eu me ofereci. Esse aqui não sabe fazer um relatório decente nem pra salvar a pele! – respondeu Luna.
-Isso me lembra da Academia! – disse Draco.
-Professor Teutul, de Táticas de Combate, né? – perguntou Pansy – Ele pedia relatórios sobre as investigações em andamento toda semana.
-E toda semana me dava uma bronca porque meus relatórios eram horríveis. – lembrou Blaise, rindo.
-Táticas de Combate? Parece interessante... – disse Hermione – Que outras matérias vocês faziam?
-Práticas de Combate, Poções Avançadas I e II, - enumerava Harry – Herbologia aplicada à Poções... que mais?
-Transfiguração I e II, matérias em que eu quase fui reprovado – disse Blaise – Feitiços Tradutórios Básicos...
-Eu fiz FT Avançados – contou Luna.
-Essa é eletiva para aurores. – contou Gina – Tradução Básica I e II eram obrigatórias.
-Que línguas abrangem essas matérias? – perguntou Hermione.
-Básica I: idiomas de origem saxônica e germânica. Básica II, idiomas derivados do latim.
-E as línguas orientais?
-Tradução Avançada. – respondeu Luna – Que só eu fiz, porque essa é obrigatória para investigadores.
-Estamos esquecendo da matéria mais difícil! – disse Pansy, sorrindo – Prática Mágica Independente de Instrumentos.
-Isso quer dizer magia sem varinha?
-Exato. – respondeu a ruiva – É o Shack que ensina essa matéria, aposto que ele não vai gostar nada de saber que a gente se surpreendeu tanto ontem, com os guardas dos Chang.
-Quem foram seus professores de Tradução, Luna? – perguntou Pansy.
-FTB I foi o Dr. Willian Craig, FTB II foi Jacques Louvré.
-Louvré ?! Aquele francês era um saco! – disse Draco – Ninguém superava nossa professora de Tradução II, señorita Consuela Lopez. – ele assumiu uma expressão nostálgica de satisfação. Harry e Blaise ficaram com sorrisos bobos idênticos ao dele – Nunca mais esqueci essa matéria, principalmente o espanhol. Aquela é que era uma professora!
-Como é que é, Draco Malfoy? – a ruiva perguntou, zangada – Que história é essa?
-Quero dizer, ela ensina muito bem. – ele tentou se explicar, mas Gina lhe deu um tapa atrás da cabeça enquanto Luna fazia o mesmo com Blaise. Hermione ria da cena, mas Pansy, por sua vez, nem parecia notar que Harry ainda babava pela professora.
-Consuela ensinava direitinho, sim. – disse a morena – Mas o meu professor favorito era o Ricardo. – ela suspirou.
-Ricardo de Poções II! – disse Gina, acenando afirmativamente com a cabeça – Ele realmente era demais.
-Estão falando de Ricardo Farrel? – perguntou Hermione. As outras confirmaram – Eu o conheço, ele é responsável pelas estufas do Museu de História Natural Bruxo.
Pansy jogou a cabeça pra trás e encarou o teto, um sorriso satisfeito nos lábios.
-Ele é um deus de ébano com olhos azuis!
-Passou dois anos viajando pela América Central e do Sul, estudando a flora de todos os países!
-E viveu com os índios da Amazônia!
As quatro ficaram tagarelando sobre as características do professor. Pelas palavras delas, o homem era perfeito: inteligentíssimo, aventureiro, tinha um ar despreocupado, meio hippie e era dono de uma beleza fantástica. Parecia que tinha sido esculpido por Deus após uma minuciosa pesquisa de opinião feminina!
Nem é preciso dizer que logo os rapazes começaram a discordar e a mesa do café foi palco de divertidas lembranças da época de Hogwarts e da faculdade.
~*~
Miho estava na sala de treinamento marciais do palácio, praticando com suas duas espadas. Dois bustos de borracha maciça jaziam no chão, em pedaços. O terceiro acabara de perder a cabeça, pois a moça passara as afiadas lâminas pelo pescoço dele, uma vinda de cada lado. Seus brincos balançavam loucamente enquanto ela executava movimentos perfeitos.
-Já tem alguma idéia de onde procurar? – perguntou King, entrando despreocupado na sala.
-Contava com sua ajuda. – respondeu, lançando uma kunai no olho de um dos bonecos – Você tem um dom pra descobrir informações.
-Não, eu sou apenas bom em seduzir recepcionistas. Nenhuma delas resiste ao charme de Hannibal King. A que horas pretende sair?
-Daqui a pouco. Lá pelas 10.
O amigo consultou o relógio de pulso:
-Já são 10 horas.
Ela embainhou as espadas e recolheu kunais e shurikens espalhadas. Voltou-se pra saída e passou por ele, dizendo:
-Vamos.
-Ihaaa!! Diversão, finalmente!
~*Hotel Iang-Tsé, quarto de Hermione Granger, 10:15*~
-Que pena que eu já tenho que ir. – disse a castanha, à Gina, que a ajudava a arrumar as malas.
-Eu sei. Mas você não está mais segura. Vai ser melhor voltar pro Egito.
-Eu cheguei ontem! – teimou – A maior descoberta mágica dos últimos séculos e eu tenho que perder o desenrolar das coisas?
-Mione, isso está acima até de nós, aurores. É questão de segurança nacional. – a ruiva levou a mão à boca, como se tivesse deixado escapar um segredo – Não devia ter dito isso!
-Que problema vai ter? Vou ser obliviada assim que chegar à Embaixada mesmo... – resmungou.
-Oi Mione, - disse Harry, entrando – Sua chave de portal tá pronta.
A moça encarou os amigos, com uma expressão desanimada.
-Tenho mesmo que ir? – juntou as mãos, como se rezasse, e pediu – Deixem-me ficar, por favor!
-Você tem noção do que está pedindo? – perguntou Harry – É muito perigoso.
-É a maior descoberta...
-Mágica dos últimos tempos! Já sabemos! – disseram os aurores, em uníssono – Sentimos muito, Mi, mas você tem que ir. – acrescentou Gina.
A castanha deu-se por vencida e saiu do quarto, com Gina logo atrás e Harry carregando suas malas. Foram ao quarto de Draco, onde o mesmo já se encontrava, junto com os outros. Despediu-se amistosamente deles, inclusive de Pansy, que, como prometera a Harry, suspendera as hostilidades.
A chave de portal (uma pena) estava sobre a mesa.
-Se eu simplesmente desaparecer do hotel, ninguém vai desconfiar?
-Já cuidei disso, Hermione. – disse Luna – Me disfarcei de você e fechei sua conta. Tecnicamente, você não está mais no hotel.
-Ah. Bom, tchau, então. E cuidem-se! – acrescentou, pegando a pena e desaparecendo no ar.
-Que pena, eu tava adorando saber detalhes da escavação que descobriu Hatsepsut. – disse, Luna, suspirando. Os outros limitaram-se a olhá-la com as sobrancelhas erguidas.
-Já mandei os relatórios pro Shack, ele já deve estar lendo. – disse Draco. Pansy jogou-se numa poltrona, descontraída.
-E quais são as suas ordens, chefe?
-Vamos evitar nos expor, devem estar procurando por nós. É provável que o chefe mande reforços quando ler o relatório.
-Ficar na moita e esperar... – disse Blaise – Que saco!
~*~
Três horas depois, King saía de mais um hotel, dessa vez com um sorriso no rosto, demonstrando que tivera sucesso. Miho o aguardava numa rua próxima.
-Achei. Estão aqui, no Iang-Tsé.
-Ótimo. Volto pra buscá-los à noite. – ela sorriu lentamente – Nem vão saber o que os atingiu. Mas como conseguiu a informação?
O parceiro sorriu, cheio de si, e começou a contar.
{*} Flashback {*}
-Bom dia, senhorita. Pode me dar uma informação? – pediu, à recepcionista do hotel, que estava sozinha.
-Pois não, senhor? – respondeu a moça, com a voz suave. King não disse nada, apenas ficou encarando a mulher, como se estivesse hipnotizado – Senhor, está tudo bem?
-Me desculpe, eu... A srta... – ele gaguejava, simulando timidez. Chegou a ficar ligeiramente vermelho – A senhorita é tão bonita...
A moça riu, baixando a cabeça, ruborizada. “É, estou no caminho certo”, pensou o homem.
-Posso saber seu nome? – ela o encarou e ele rapidamente acrescentou – Se não for muita ousadia.
-Me chamo Hinata. Hinata Hyuga.
-Hinata... é um bonito nome. Mas não é chinês, certo?
-Não, eu sou japonesa de nascimento, mas cresci aqui, em Pequim. – ela respondia com uma voz tão suave que era quase inaudível. “Gente, isso vai ser fácil demais!”, pensava King, sadicamente, rindo por dentro. – Mas o senhor não disse o que deseja.
-Ah sim! Eu cheguei a esquecer ao ver a senhorita. – ela ficou vermelha de novo e baixou ligeiramente a cabeça, tímida – Meu nome é Ryan Johnson e eu estou procurando uns amigos meus que vieram pra Pequim há umas semanas. Eu devia ter vindo com eles, mas tive um problema na família. – contou, convincente como um vencedor do Oscar – Cheguei há três dias, me hospedei numa pousada e os estou procurando. Pode me ajudar? – pediu, com um tom doce e sobrancelhas na curvatura exata pra fazê-lo parecer tão inocente quanto um cordeirinho.
-Senhor, eu não sou autorizada a dar informações...
-Tudo bem, desculpe-me. – interrompeu-a suavemente – Não precisa se justificar. Regras são regras, não? – acrescentou, com um sorriso.
-Sinto muito. O senhor tem como encontrar seus amigos? Digo, outra maneira?...
-Vou tentar ligar no celular deles, espero que algum esteja em roaming. Mas de qualquer forma, muito obrigada, srta Hinata. – estendeu a mão, ao que a recepcionista apertou, depois de uma ligeira surpresa – Foi um prazer conhecê-la. – acrescentou, num impulso, como se não quisesse perder a coragem.
Viu a moça ficar mais ruborizada e virou-se pra sair. Não deu dois passos e ouviu-a chamá-lo.
-Senhor Johnson?
-Sim?
-Acho que posso ajudá-lo.
-Eu não sei, não quero causar problemas para a srta. Talvez seja melhor eu tentar encontrá-los de outra forma. – disse, inseguro, já junto ao balcão.
-Não se preocupe. – ela digitou alguma coisa no computador à sua frente e comunicou – Quantos são os seus amigos?
-São 6. 3 homens e 3 mulheres. Tem uma moça ruiva, uma loura, um rapaz branco de cavanhaque, um outro que é louro de olhos azuis...
-Ah, sim. Estão hospedados aqui! Um outro casal chegou ao hotel esta semana.
-Que bom! Já estava quase desistindo de procurar.
-Estão no 2º andar, quartos 206, 207 e 208. – ela pegou o telefone – Quer que eu avise que o senhor está aqui?
-Não. Agora, não. Estou cansado, andando desde cedo. Volto à noite! – disse, animado – Ah, pode me fazer um favor?
-Claro.
-Não os avise que eu cheguei. Quero fazer uma surpresa!
-Tudo bem.
-Então, até à noite, srta. Hinata. E novamente, foi um prazer conhecê-la. – despediu-se King, baixando um pouco a voz ao dizer a última parte.
Saiu do hotel com um largo sorriso no rosto.
-Ai, ai... Assim vocês facilitam muito pra mim... Perde até a graça.
{*} Fim do Flashback {*}
-Viu? Sua compatriota me adorou!
-Que ridícula... Mas o que importa é que conseguiu a informação.
-E falando nisso, à que horas vamos voltar?
-Eu volto à noite. Você fica em casa.
-Vai encarar no 6 contra 1?
-Não. Vou encarar 1 contra 6. E ainda acho injusto pra eles.
-Não sei, não... Eles não demoraram nada pra derrotar os garotos ontem.
-Tá insinuando que eu sou como Ryu, Choji e Chow? – perguntou, a mão deslizando discretamente pra dentro de uma pequena bolsa, presa à sua coxa, e pegando uma shuriken.
-Não. Só peço pra não subestimá-los.
-Nunca faria isso.
~*21:30, quarto de Harry e Pansy*~
-Harry...
-Pansy...
Os dois se encaravam. A morena, vestindo uma de suas sexys camisolas, estava parada junto à penteadeira, enquanto Harry se encontrava próximo à porta.
-Tranquei a porta.
-Desliguei os telefones. – disseram ao mesmo tempo, sorrindo. Caminharam na direção um do outro, agarrando-se simultaneamente. Beijavam-se com uma paixão violenta.
A morena despiu-o da camiseta, colando o corpo ao dele a seguir. Harry passou as mãos nas pernas da namorada, ergueu-a no colo e, tendo as pernas dela em torno de sua cintura, caminhou até a cama. Pansy correu os lábios do ombro até a orelha do namorado, mordendo levemente o lóbulo. Caíram sobre o colchão, as mãos e lábios percorrendo todo o corpo do outro.
Terminaram de despir-se e Harry correu os olhos pelo corpo perfeito da morena.
-Você é linda... – sussurrou, acariciando o rosto dela. Voltaram a se beijar, lenta e profundamente, perdendo-se nas sensações inebriantes que as carícias provocavam. Diziam palavras desconexas, sussurradas entre os beijos.
-Eu te amo – disseram, com vozes ofegantes, enquanto davam vazão à toda a paixão acumulada...
Várias horas de amor insano depois, os dois se encontravam saciados e felizes, dormindo nos braços um do outro.
~*2:15, Átrio do 2º andar*~
Ela surgiu na frente do elevador, trazida por uma chave de portal. Caminhou, silenciosa, na direção dos quartos onde seus alvos estavam. A luz da lua, que entrava por algumas janelas, fazia brilhar seus brincos. A emoção da caçada era tão intensa e, no entanto, seu rosto permanecia frio, controlado.
Parou à frente do número 206. Chegou a pensar que seria divertido entrar fazendo barulho, mas resolveu manter o plano original. Pegou um pequeno objeto prateado com forma de flecha de dentro da bolsa em sua coxa. Tocou a porta e esta se abriu silenciosamente.
A ante-sala estava vazia, como esperava. Avançou, seus olhos enxergavam como se fosse dia. No quarto, um casal jovem se encontrava dormindo. As palavras de Cho ecoaram em sua mente: “Quero eles vivos”. Sentiu uma ligeira vontade de não cumprir o combinado e matá-los ali mesmo, mas manteve-se concentrada. Levou a mão à base do pescoço do homem e o toque, ainda que leve, o acordou.
-Quem... – Miho apertou o ponto certo e ele desmaiou, mas sua agitação acordou a mulher a seu lado.
-Blaise, tudo b... Quem é você? – Luna não conseguiu reconhecê-la devido à escuridão do quarto. Sentiu um apertão na base do pescoço e desmaiou.
-Fácil demais... – ela juntou as mãos de ambos a amarrou–as com uma suave fita de cetim. Em minutos, os dois não estavam mais no quarto, e sim numa cela do Palácio.
Saiu do quarto, dirigindo-se para o próximo. Desanimou ao entrar, da mesma maneira que no quarto anterior. Pessoas adormecidas nunca seriam bons oponentes. Aproximou-se da cama e viu a cabeleira ruiva de uma mulher. Ela estava sozinha.
-Não se mexa. – disse uma voz masculina, vinda detrás dela. “Deve ter ouvido o que aconteceu no outro quarto”, pensou.
-Você não perceberia se eu me movesse... – Miho posicionou o pé por trás do de Malfoy e lhe deu uma rasteira, mas ele conseguiu manter-se de pé. – Você é mais difícil.
O som da “conversa” acordou Gina, que, silenciosamente pegou a varinha e mirou na japonesa. Murmurou “Estupefaça”, mas a japonesa percebeu o movimento da outra e usou Draco como escudo. Ele caiu sobre uma poltrona, desacordado. Gina ia lançar o feitiço outra vez, mas antes que dissesse a fórmula, sentiu o frio da katana de Miho junto a seu pescoço.
-Solte a varinha. – a ruiva não o fez, seus pensamentos corriam rápido tentando encontrar uma maneira de avisar os outros. A lâmina foi pressionada com mais força, fazendo um filete de sangue correr pelo pescoço de Gina, manchando a camisola. – Você não precisa morrer aqui. – disse a “visitante”.
-Estupe... – começou Gina, apontando para o rosto da outra, mas ela lançou uma kunai na direção de Draco, que acertou o encosto da poltrona, a poucos centímetros de seu rosto. A ruiva arregalou os olhos.
-Na próxima, eu o atinjo no coração. Depende de você. – e dizendo isso, pegou outro de seus artefatos ninja. A ruiva se viu sem saída e baixou a varinha. Sentiu os dedos da outra em seu pescoço, pressionando um ponto qualquer da base. Sentiu uma dor leve e perdeu os sentidos.
Hiragizawa arrastou a moça até a poltrona, jogando-a sobre Draco. Amarrou os pulsos dos dois com uma fita, exatamente como fizera com Luna e Blaise e os deixou. Em instantes, os dois se materializavam no Palácio.
-Agora só faltam dois. Espero que sejam melhores.
~**~
-Ouviu isso, Harry?
-Ouvi. Malfoy tava lutando com alguém. – o moreno (N/a: já vestido, hein, gente!) se aproximou da porta do quarto, enquanto Pansy aparatava no quarto dos amigos.
-Luna e Blaise sumiram. – aparatou no quarto de Draco e Gina a tempo de vê-los desaparecendo, levados pela fita mágica. – Gina e Draco, também, o que significa que o atacante vai vir atrás de nós, agora. – disse, referindo-se à ela e Harry. Resolveu não aparatar em seu quarto, preferiu entrar pela porta para surpreender o agressor. “Ou talvez seja A agressora. só existe uma pessoa tão silenciosa assim.”, pensava a morena. “E se for ela, Harry não tem a menor chance!”. Saiu do quarto, empunhando a varinha, pronta até pra lançar uma maldição imperdoável, caso fosse necessário.
~*no quarto do casal P²*~
Harry duvidava que já tivesse sentido dor semelhante na vida. O golpe de Miho podia ter lhe quebrado os ossos do antebraço, já que não conseguia movê-lo. Mas o que realmente incomodava era o orgulho ferido, afinal, a moça era bem mais baixa que ele e parecia bem mais fraca. Finalmente entendera como ela conseguira deixar Pansy em coma. Deu um chute alto, que devia atingi-la na cabeça, mas ela segurou sua perna com uma das mãos. Ele forçou o chute, mas a moça torceu-lhe a perna, empurrando-o logo em seguida.
-Desista. Já causei mais dano em você do que nos seus amigos juntos. Se continuar, vou acabar te matando. – parou de falar ao sentir a ponta de uma varinha em suas costas.
-Jogue suas armas. Devagar. – disse Pansy, com autoridade.
Miho deixou cair suas duas espadas e sua pequena bolsa.
-Acha que isso vai adiantar? – perguntou, sorrindo pela primeira vez – Quebrei o braço do seu namorado com um chute. Nem precisei usar arma nenhuma.
-Não fale até que eu “peça”. – mandou a morena – Você vai nos responder algumas perguntas.
-Que clichê. – respondeu a japonesa, esticando o braço num movimento tão rápido, que Harry só percebeu tarde demais. Ela segurou seu braço quebrado, arrancando um grito dele. Pansy se desconcentrou, o que foi o bastante para Miho chutar a varinha dela pra longe. Ela posicionou-se atrás do moreno e o fez ajoelhar-se. Isso não foi difícil, já que ela torcia o braço quebrado dele, causando mais dor do que se podia suportar. Pegou uma das katanas do chão e encostou o fio no pescoço de Harry – É a segunda vez que eu faço isso hoje. – disse, entediada – Não devo matar vocês aqui, você não consegue entender isso?
Pansy encarou Harry, que parecia estar no limite de suas forças. Uma lágrima correu pelo rosto dele quando sentiu mais um apertão no braço quebrado. A morena não podia suportar vê-lo sofrer tanto, por isso fechou os olhos com força. Quando os abriu, ele estava desacordado e era mantido de joelhos pela japonesa, que o segurava pela parte de trás da camiseta.
-Harry...? – chamou, temendo o pior.
-Amarre isso em vocês. – disse a outra, jogando-lhe uma fita. A auror obedeceu, não sem antes encarar Miho com um ódio mortal no olhar. Esta a encarou também, com uma expressão de reconhecimento – Eu não matei você?
-Sou mais forte do que pareço.
-Deve ser... – respondeu a assassina, com descaso – Mas não vou deixar que saia viva do nosso próximo encontro.
Pansy ia retrucar, mas antes que dissesse qualquer coisa, foi levada pela fita mágica até uma cela escura e fria. Sentiu mãos fortes separando-a de Harry com grosseria e tentou se livrar, um golpe na nuca a fez desmaiar. A última coisa que viu foi um par de olhos puxados, sorrindo com zombaria.
De volta ao quarto, Miho pensava no que fazer. A chave de portal (uma das poucas coisas mágicas que ela utilizava) só seria ativada para levá-la ao palácio em 45 minutos. Ela dissera a Li que levaria bem menos de 1 hora para tratar daquele assunto, mas ele a subestimara. E por culpa dele, ela estava condenada a voltar a pé pra casa. Pegou suas armas de volta, decidindo ir até a Parte Escura da cidade divertir-se um pouco. Sempre tinha alguém por lá querendo confusão. E sentia necessidade de brandir suas lâminas contra alguém!
~*Ministério da Magia britânico, sala de Quim Shacklebolt*~
O escritório do chefe de segurança estava um caos. Havia algumas pessoas muito importantes ali: além do próprio Quim, o Secretário de Segurança trouxa, Inspetor Wilckis, Rufus Scrimgeour, o ministro da magia e mais uma meia dúzia de autoridades trouxas e bruxas. Todos falavam ao mesmo tempo, fazendo até mesmo as pessoas retratadas nos quadros taparem os ouvidos, numa vã tentativa de um pouco de paz. A causa de todo aquele estardalhaço era o relatório que os agentes tinham mandando e as notícias alarmantes, contidas ali. Hermione dera sua contribuição ao documento, afirmando que era historicamente comprovado que aquela arma podia existir.
Não agüentando mais aquela zona, Quim pediu silêncio, mas sua voz sequer foi escutada. Apontou a varinha pra própria garganta e murmurou “Sonorus”. Novamente, pediu silêncio e foi prontamente atendido, pois sua voz soou como um trovão e assustou todos na sala.
-Agora que tenho sua atenção... – disse Quim – Temos que decidir o que fazer já. Esse relatório mostra claramente o grande problema que temos nas mãos. Eu digo que devemos mandar um operativo pra Pequim imediatamente para ajudar na prisão dessa quadrilha!
-Bom, devemos fazer isso com o maior sigilo possível para não alertar a população –disse Scrimgeour, que, como sempre, fazia o possível para fazer tudo parecer bem. Os bruxos reviraram os olhos.
-Concordo. – disse Wilckis – As pessoas não devem saber disso. Ou haverá pânico.
-Quando diz “pessoas”, você se refere especificamente à trouxas, não? – perguntou Brianna Edison, responsável pela organização de equipes de assalto. Ela tinha um olhar cortante, não gostava de Wilckis.
-Não, srta. Como somos as únicas pessoas com autoridade pra agir num caso internacional, é nosso dever pensar em proteger a todos, independentemente da... – ele procurou as palavras certas – capacidade de fazer magia ou não.
-A primeira coisa que devemos fazer é mandar a Sessão de desinformação procurar os trouxas envolvidos. Eles serão obliviados e nunca saberão que essa arma existe. – disse Scrimgeour.
-Não podemos fazer isso agora! Devemos interrogá-los, obter o máximo de informações possíveis! – disse Jessica Brandon, chefe do setor de Inteligência do MM.
-Eles não podem ser interrogados pelo seu ministério! O direito deles deve ser assegurado! – estrilou Drew Lawson, um dos poucos advogados do país que defendiam trouxas em casos excepcionais como aquele.
A discussão prosseguia, os presentes cada vez mais exaltados. Quando Jessica ameaçou azarar Lawson e fazer as orelhas deles virarem trombas, Quim decidiu acabar com aquilo. Falou discretamente com Brianna e pediu a ela pra organizar uma equipe.
-Eu quero os melhores.
-Inclusive os da reserva?
-Também. E eu irei com vocês.
-Certo, chefe. Vou resolver isso agora. – disse Brianna e saiu.
Quim pediu ordem na sala e informou a decisão tomada. Uma nova discussão começou e quando, finalmente, todos se deram por satisfeitos, ficou organizado que alguma autoridade bruxa estaria no interrogatório dos empresários presentes na “reunião” dos irmãos Chang. A embaixada britânica na China seria alertada a procurar por 6 cidadãos que poderiam estar em perigo. Se não fossem encontrados, a equipe de resgate viajaria imediatamente.
~*~
-Onde está a Miho? – perguntou Li.
-Deve estar na Parte Escura. Eu disse que 1 hora era tempo demais, mas você não acreditou. – respondeu King.
-Bom, então, eu vou começar sem ela... – respondeu Li, dirigindo-se à cela dos aurores, com um sorriso cruel no rosto.
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