Feitiço contra o Feiticeiro 6/16
Capítulo: 6/16Status: Concluída
Tipo: Romance
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy; Blaise/luna
Classificação: G - Fanfic Livre
Cap 6: Festa de Natal – Parte II: Conversar com os amigos ajuda...
Quando Harry e Pansy entraram no salão, viram que não havia maneira de se aproximarem do palco, por isso dirigiram-se novamente ao bar.
-Que tal tomar o Lua Vermelha agora? Prometo que mantenho minhas mãos longe pra não causar acidentes.
-Não tenho do que reclamar do último acidente... – respondeu Harry no ouvido da garota, fazendo-a arrepiar-se. Então dirigiu-se ao barman: -Dois luas vermelhas, por favor.
-Pois não.
Os dois distraíram-se com os malabarismos dos barmans e não perceberam a aproximação de Luna e Gina.
-Finalmente você apareceu! Estamos te esperando há um tempão! – disse a loura.
-Você saiu há mais de uma hora e só deu sinal de vida quando eu te liguei. – completou a ruiva.
-Nossa, antes de me crucificarem, vocês podiam, pelo menos, cumprimentar o Harry?
-Boa noite, Harry. E desculpa, é que ela sumiu e nos deixou preocupadas. – disse Gina.
-Ah, a propósito – disse Luna – Blaise e Draco tão procurando você.
-Seus drinques. – disse o barman colocando dois copos no balcão. Harry os pegou, entregou um a Pansy, dizendo em seguida:
-Bom, vou falar com eles. Tchau meninas, tchau Pansy.
-Tchau. E cuidado pra ninguém derramar nada em você... – provocou a garota.
-Não se preocupe. Isso é um direito exclusivo, não vou deixar que outros usufruam dele.
Mal o garoto se afastou, Gina e Luna ‘atacaram’:
-O quê aconteceu? E não vem com essa historinha de maquiagem, não!
-É. Você some por um tempão e, de repente, aparece aqui no bar, ao lado dele... – completou Luna – Isso dá margem a muitas interpretações.
-Tá, eu conto. Mas aqui não, tem muito barulho. Vamos lá pro meu quarto.
As três foram para os aposentos de Pansy totalmente ansiosas: Pansy para contar e Gina e Luna pra saber. Ao chegarem, Pansy notou que havia deixado o rádio ligado. Pegou o controle remoto (ainda sobre a cama) e o desligou.
-Porque deixou seu rádio ligado? – perguntou Gina.
-Acho que a pergunta mais importante é: porque a sua cama tá desfeita? – observou Luna – Vocês vieram pra cá, né?
-Vocês passaram aquele tempo todinho juntos?
-Gina, do jeito que você fala parece que eu vivi com ele uns 50 anos!
Olhem, quando eu saí do salão, eu vim retocar a maquiagem, sim. Depois eu desci, fiquei conversando com os Potter e com meu pai e quando deu a hora do show, subi junto com o Harry.
-Mas não ficaram pra assistir...
-Íamos ficar, mas eu sem querer derramei Lua Vermelha na camisa dele.
-Nossa, hoje você tá atrapalhada, hein. – comentou Luna.
-Quer dizer o quê com isso?
-Ela tá falando do tombo que você levou hoje mais cedo. Lembra que você escorregou?
-A culpa foi do Simas. Aquela anta resolveu jogar a vodka no chão, em vez de jogar numa pia ou coisa do gênero. Mas, voltando: eu tive que trazer o Harry aqui pra aplicar um tira-manchas na camisa ou ela ficaria arruinada.
-Então ele ficou sem camisa, sozinho com você, no seu quarto? – disse Luna, pausadamente, como se tentasse organizar os pensamentos.
-Tá fazendo parecer uma coisa indecente. – respondeu Pansy, séria. – Não fizemos nada errado, só ficamos.
-Desculpa, eu não falei por mal. Só queria entender.
-O que realmente importa – interrompeu Gina – é que vocês finalmente ficaram. Foi tudo o que você esperava?
-Até mais! – respondeu a morena, deitando na cama, com um largo sorriso – Foi incrível,eu senti uma coisa totalmente diferente! – Gina e Luna trocaram um olhar preocupado. A loura resolveu falar, cautelosa:
-Você não tá muito empolgada com ele, né? Lembre-se do seu plano.
-Na hora isso nem me passou pela cabeça. – disse Pansy, deixando de sorrir – Acho que eu não pensei em nada, além dele.
-Isso é mau. Se você não lembrou do plano é porque realmente queria ficar com ele. – disse a ruiva.
-E qual é o problema disso? Eu não posso tirar algum proveito da idéia maluca da Luna?
-Não é nada disso, Pansy. Só queremos que você tome cuidado. – disse a loura.
-É. Não se apaixone por ele. Pelo menos, não antes de ele se apaixonar por você. – completou Gina.
Pansy suspirou e olhou desanimada para as amigas. As duas perceberam que já era meio tarde para avisos.
-Ai, meu Deus! – disseram, em uníssono.
-Eu não sei como deixei isso acontecer, tentei ignorar, quase consegui me convencer de que não era nada! – disse a morena, nervosa – Cara, que raiva! Eu sou muito idiota! E sabem o que é pior? Ele deve estar se gabando pro Blaise e pro Draco de ter ficado comigo.
-Calma, também não é um bicho-de-sete-cabeças. – disse Gina.
-Gina, eu tô gostando do maior galinha de Hogwarts. E, aposto que amanhã, ele sequer vai lembrar do meu nome.
-Talvez se lembre. – disse a loura – Nada o impede de gostar de você também. Pansy, você se destaca das outras por que não fica no pé dele. Eu duvido que ele não tenha percebido isso.
-Ai, eu não sei, meninas. – disse a morena, após um momento – Tô confusa, preciso pensar. É melhor eu não voltar pro salão agora, eu tô tão nervosa que se vir o Harry, sou capaz de chorar. Ou bater nele.
-Acho que a segunda alternativa é a mais provável. – brincou Luna, abraçando a amiga.
-Abraço em grupo! – gritou Gina, pulando em cima das amigas. Quando se separaram, Pansy disse:
-Eu vou pro jardim. Se alguém perguntar, vocês inventam alguma coisa?
-Claro. – respondeu Gina, dirigindo-se à porta junto com Luna. –Até mais tarde, amiga. – e saíram do quarto.
Pansy pegou um casaco no armário e saiu, não pela porta, mas por uma escada oculta por plantas que ficava ao lado da sacada do quarto. (N/a: que menina aventureira, hein?)
#Ao mesmo tempo, no salão#
-E foi isso que aconteceu. Nós ficamos... e foi bom. Muito bom. – disse Harry sorrindo, terminando de contar ao aos amigos porque demorara tanto para encontrá-los.
-Então você deve estar bem perto de ganhar aquele pomo. – disse Draco.
-Que pomo? – perguntou Harry, confuso.
-Como ‘que pomo’? O autografado por Johnny Storm, oras. – lembrou-lhe Blaise – Tá com amnésia, por acaso?
-Ah, nem me lembrei disso. – respondeu Harry, displicente.
Draco e Blaise trocaram um olhar divertido. Perceberam que se o amigo tinha esquecido o prêmio, também esquecera a aposta. Isso significava que ele estava se rendendo aos encantos de Pansy! Blaise sorriu e comentou, como quem não quer nada:
-Bom, se você esqueceu a aposta, é porque queria mesmo ficar com ela, né?
-É. Ela é diferente das outras, me dá espaço. Com a Pansy, eu posso ser eu mesmo, temos coisas em comum, conversamos muito... – foi interrompido pelas risadas mal disfarçadas de Draco e Blaise – O quê?
-Foi fisgado! – disseram os dois, rindo abertamente.
-Quê?! Nada a ver!
-Amigo, admita pra si mesmo o que nós já percebemos há séculos: ela te conquistou – disse Draco.
-Vocês tão delirando! – teimou Harry.
-Cara, você não passa um dia sem falar dela. Parece até eu, quando comecei a gostar da Luna.
-Ou eu, com a Gina. Reconheça, ela é perfeita pra você.
Harry refletiu por um momento. Lembrou-se do que sentiu naquele último beijo, enquanto ouviam música. Além disso, reconheceu que realmente andava chato como os amigos quando estes se tornaram ‘sérios’.
O garoto deu um tapa na própria testa e passou a mão pelo rosto, como se tivesse feito uma besteira:
-Que droga, eu gosto dela! Como eu fui deixar isso acontecer?! Não acredito... – disse com uma expressão desolada, os olhos fixos no nada, como se ele estivesse num pesadelo, sem esperança de acordar.
Gina e Luna chegaram ao fim da ‘cena’ e ficaram preocupadas com a cara de Harry.
-O que aconteceu?
-Nada, Gina. É que o Harry percebeu uma coisa nova e ficou um pouco assustado, só isso. – disse Draco, fazendo Blaise rir e Harry fechar a cara.
-Eu não ri de vocês quando estavam nessa situação!
-Não transformamos isso numa tragédia grega, como você tá fazendo. – respondeu Blaise – De fato, nossa... transição foi bastante tranqüila. Mas, mudando de assunto, e aí meninas, acharam a Pansy?
Luna acenou afirmativamente com a cabeça.
-E porque ela não veio com vocês? – perguntou Harry, tentando parecer desinteressado (e falhando miseravelmente).
-O pai queria falar com ela, então ela desceu. – inventou Gina.
-Aí galera – gritou o DJ – Faltam só 15 minutos pro Natal! Vamo’ agitar! – e uma batida eletrônica soou pelo salão, levando vários jovens à pista de dança.
-Quer dançar, loirinha? – sussurrou blaise ao ouvido de Luna, que aceitou prontamente o convite.
“Olha só pra eles, parecem tão felizes”, pensava Harry, observando os casais na pista. “Talvez, só talvez, não seja tão ruim gostar de verdade de uma única garota. E, se eu tiver sorte, talvez ela goste de mim também...”
-Harry, você tá bem? Tá com uma cara...
-Não, Gina, eu não tô bem. Vejo vocês depois, vou dar uma arejada.
O rapaz saiu em direção à sacada do salão e achou uma escada semi-oculta por plantas ao lado da grade. O jardim lá embaixo parecia vazio, exceto pela presença de uma garota: Pansy. Harry desceu a escada e foi encontrá-la.
(N/a: essa casa é cheia dessas escadas ‘românticas’? rsrs)
-Será que ele foi procurar a Pansy? – perguntou Gina, preocupada com a amiga.
-Provavelmente. Mas que tal você dar um pouquinho de atenção pra mim, agora? Tô me sentindo abandonado...- disse Draco.
-Com um beijo, você melhora? – perguntou Gina, sorrindo. O rapaz meneou a cabeça e ela disse: - Talvez com vários, então... – e beijou-o longamente.
#Jardim da Mansão Parkinson, 23:50#
Pansy consultou seu relógio: 10 minutos para a meia-noite. Queria que aquele dia acabasse logo! Não sentia a menor vontade de ficar na festa, vendo casais felizes dançando e se divertindo, por isso fora para o jardim. Ninguém a incomodaria ali, estava frio demais para se ficar ao ar livre sem um agasalho.
Sentou-se num dos bancos e olhou para a casa iluminada e barulhenta. Como era possível que no meio de tanta gente, ela se sentisse tão sozinha? A verdade era que tinha um pouquinho de inveja dos casais apaixonados. Seus relacionamentos sempre tinham sido superficiais. E para piorar, ela estava se apaixonando pelo maior galinha que já conhecera.
“Minha vida é uma merda!”, pensou repousando a cabeça no encosto do banco com mais força que a necessária. O resultado: uma sonora e dolorosa colisão que a fez praguejar.
-Mas que droga! Só o que me faltava era uma porcaria de um galo! Culpa desse banco estúpido, eu devia te desintegrar seu banco imbecil!!
Ao terminar de ‘brigar’ com o banco, Pansy refletiu sobre o ridículo da situação: “Meu Deus, eu tô ameaçando um banco de jardim. A que ponto eu cheguei?... Preciso de ajuda profissional... a ala psiquiátrica do St. Mungus parece uma boa idéia.”
A garota suspirou e consultou novamente o relógio: 5 minutos para a meia-noite. Ouviu uma música romântica vinda do salão e se sentiu ainda mais desanimada.
“Se o Harry não fosse um descompromissado crônico, poderíamos estar lá, dançando”
“Se o Harry não fosse um descompromissado crônico, não teria metade da graça...”, contrapôs a si mesma.
-Ai, eu tô ferrada! – choramingou em voz alta.
-Pansy? Tudo bem? – a garota gelou ao ouvir a voz de Harry.
-Oi. Eu tô bem, não se preocupe. – “Ah, que ótimo! Tudo o que eu precisava agora.” – Tá fazendo o que aqui? – perguntou num tom quase agressivo. “Credo, que grosseria. St. Mungus chamando, câmbio.”
-Eu vim dar um tempo da festa, respirar um pouco...
-Ah, sei. Também vim pra isso. Só achei uma grande coincidência você me encontrar aqui.
-Na verdade, eu te vi aqui, por isso eu vim. Você não apareceu na festa, fiquei preocupado...
-Bondade sua se preocupar, mas eu tô bem.
-Que horas são?
-Faltam 2 minutos pra meia-noite. – respondeu a garota, estranhando a brusca mudança de assunto.
-Ah, então vai dar tempo! – disse o rapaz, empolgado.
-Tempo de quê?
-Dizem que quando fazemos uma coisa na noite de Natal, à meia-noite, ela se repete o ano todo.
-Não, Harry. Não é no Natal, é na virada de Ano-novo.
-Tem certeza?
-Tenho, sim.
Uma onda de gritos e palmas veio da casa, anunciando a meia-noite.
-Bom, mas só pra garantir... – disse Harry, antes de beijá-la lenta e profundamente. A surpresa da garota durou pouco, pois ela o abraçou pelo pescoço e puxou-o para mais perto. O beijo prolongou-se por deliciosos minutos, e quando enfim se ‘soltaram’, Harry disse, sorrindo:
-Feliz Natal.
-Pra você também. – e puxou-o para mais um beijo.
#Sacada do salão, 0:15#
-Onde será que estão a Pansy e o Harry? – perguntou Gina – Será que estão juntos?
-Com certeza estão juntos. Olha lá! – disse Luna, apontando para o jardim.
As meninas e seus namorados se debruçaram na grade de proteção para ver melhor.
-Mas será que não estão com frio? – perguntou Luna, se aconchegando em Blaise.
-Do jeito que estão agarrados, devem estar é com calor. – brincou Draco, abraçando Gina.
-Bom, mesmo que não ligue mais, acho que ele ganha a aposta. – comentou Blaise, desatento.
-Que aposta? – perguntou Luna.
-Aposta? Não sei, alguém falou de aposta? Eu não falei!
-Deixa de ser cara-de-pau, Blaise Zabini! Explica essa história direito.
-Sabe o que é, Loony querida, a verdade é que... quem conhece essa história com detalhes é o Draco.
-Eu?! Não sei de nada! – disse o loiro, rápido demais para parecer convincente. Um olhar de Gina foi o suficiente para fazê-lo mudar o discurso – Harry e eu apostamos pra ver se ele conseguia conquistar a
Pansy. – contou o rapaz.
-Então eles tão tentando se conquistar, ao mesmo tempo? Que loucura!
-‘Se conquistar’? – disse Blaise – Não entendi. Luna Lovegood, explica essa história direito! – brincou o rapaz, fazendo voz de falsete, repetindo o que ela havia dito.
-Eu desafiei a Pansy a conquistar o Harry. Sei que foi uma idéia infeliz, mas ela nem hesitou em aceitar. Achei que ela pudesse lidar com isso. – disse a loira, com uma expressão triste. Blaise a abraçou com mais força. – Nós os forçamos a ficar juntos.
-Isso não quer dizer que eles não se gostam. – disse Draco.
-É, mas do jeito que são orgulhosos, nunca vão admitir isso. – disse Gina. – Tentando fazer o outro se apaixonar, eles vão acabar se matando. – brincou a garota.
-Ou se casando. – concluiu Blaise, observando o casal conversando e rindo, sentados no banco do jardim.
-Bom, - começou Gina – agora que sabemos o que tá rolando, o que vamos fazer? Acabar com a aposta e o desafio?
Os quatro olharam o casal mais uma vez: estavam perdidos em mais um beijo, tão apaixonados, que não perceberam a aproximação de Lílian, Tiago e Johnathan. Entreolharam-se. A resposta para a pergunta de Gina surgiu automaticamente e os quatro disseram, em uníssono:
-Não.
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Cap 7 >>
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