Feitiço contra o Feiticeiro 5/16
Capítulo: 5/16Status: Concluída
Tipo: Romance
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy; Blaise/luna
Classificação: G - Fanfic Livre
Capítulo 5: Festa de Natal – Parte I: Conhecendo Novos Sentimentos
Após aquela conversa, Harry e Pansy começaram a passar mais tempo juntos conversando e rindo. Ambos estavam indo bem em seus planos, o que significava que, mesmo sem saber, estavam se tornando um casal de verdade.
Na noite da antevéspera de Natal, sexta-feira, Pansy, Luna e Gina conversavam sobre acontecimentos recentes:
-Gente, o Blaise me pediu em namoro! Isso não é demais? – contou luna, com os olhos brilhando.
-Achei que vocês já tivessem namorando. Já voltaram há um tempão...
-Ah, Gina, o pedido oficializa a situação. – explicou a loura, ao que Gina revirou os olhos e meneou a cabeça – E se eu fosse você, não faria caretas porque aposto que o Malfoy vai te pedir a mesma coisa.
-Não viaja, Luna. Draco e eu só estamos saindo.
-Mas essa história de vocês ainda acaba no altar... – disse Pansy.
-Você pode falar muito, né? Tá toda amiguinha do Potter, vivem juntinhos pelo Castelo... –respondeu Gina.
-Isso só quer dizer que meu plano vai indo bem.
-Nem tão bem, já que beijo que é bom, até agora nada. – provocou Luna.
-Quem disse? Não teve beijo de verdade, mas uns selinhos demorados até que rolaram.
-Vocês é que vão acabar juntos de verdade. – brincou Luna – O casal perfeito.
-Muito perfeitos. Um casal que não quer casar. – respondeu Pansy, ao que todas riram.
Após um momento, Gina perguntou:
-Gente, que horas são?
-Oito e meia, de acordo com meu relógio. – respondeu a loura.
-Já? Nossa, tenho que ir. Ainda tenho que escolher os acessórios que vou usar na festa, amanhã.
-Eu também tenho que ir, Luna. Trabalhei muito hoje, decorando o salão. E amanhã, vou supervisionar a montagem do palco.
-Não acredito que amanhã, eu, Gina Weasley, vou ver o TrollZ de pertinho. Isso é que é presente de Natal.
-Fico feliz por você. – disse Pansy, levantando – Bom, meninas, até amanhã. – e desaparatou.
-Também já vou, Luna. – disse gina, indo até a lareira do quarto da garota. – Tchau.
-Tchau, até amanhã.
-Até. A Toca! – disse a ruiva, jogando o pó de flu e desaparecendo entre as chamas.
-E a mim, só resta ter uma excelente noite de sono, pra estar linda amanhã quando encontrar o Blaise.
#Mansão Parkinson, véspera de Natal – 21 horas#
A campainha soou, anunciando a chegada de mais convidados. Um empostado mordomo atendeu a porta, saudando a família Potter.
Johnathan Parkinson, pai de Pansy, adiantou-se e cumprimentou os recém-chegados.
-Tiago, Lílian, sejam bem-vindos!
-Como vai, Johnny? – perguntou Tiago, estendendo a mão.
-Muito bem. Lílian, como está?
-Estou bem.
-E você deve ser Harry. É mesmo a cara de seu pai. Só espero que quando tiver a idade dele, ainda consiga jogar quadribol, porque seu pai está enferrujando.
-Isso é mentira, Johnny. Eu dormi de mau-jeito e acordei com dores. – rebateu Tiago, rindo.
-Desculpa de gente velha! – provocou Johnathan.
-Lilly, me defende!
Harry ouvia os adultos conversando, sentindo-se totalmente deslocado. Mas eis que uma voz surge para tirá-lo daquela situação:
-Espero que não esteja constrangendo meu convidado, papai.
-Olha se não é o meu pequeno presente dos céus! – disse Johnathan, olhando em direção à filha, que descia as escadas. – Você está linda, querida!
-Caraca! – murmurou Harry. “Ela tá incrível, muito linda!”, pensou enquanto a observava cumprimentar seus pais. Devia estar com uma cara de idiota, porque quando a garota o viu, perguntou se estava tudo bem, com uma nota de preocupação na voz.
-Estou ótimo! – respondeu, com um pouco mais de entusiasmo do que seria necessário, o que fez sua voz ficar meio aguda.
“Beleza, agora ela vai me achar um imbecil!!”, pensou o rapaz, irritado consigo mesmo.
-Então é melhor a gente subir porque...
Uma gritaria, vinda dos andares superiores, interrompeu a garota e assustou os outros.
-Minha nossa! O que foi isso? – perguntou Lílian.
-Não se preocupe, o DJ deve ter anunciado que falta pouco pra hora do show... – respondeu Pansy, consultando seu relógio – Que aliás, já devia ter começado.
-Ah querida, o TrollZ sempre demora pra subir ao palco.
-E você, como produtor deles, podia dar um jeito nisso, né pai?
Johnathan meramente deu de ombros. Os rapazes do TrollZ eram um pouco temperamentais, mas isso não influenciava negativamente seu talento. Eram excelentes músicos e vendiam milhões de CD’s. e grande parte desse sucesso cabia a Johnathan Parkinson, produtor musical e dono da maior gravadora do país.
-Filha, em time que está ganhando não se mexe. E é melhor vocês subirem ou vão perder o início do show.
-Tá bom. Foi um prazer revê-los, sr e sra Potter.
-O prazer foi nosso, querida. – respondeu Lílian – Divirtam-se.
-Ah, pai. Pede ao James pra reforçar o feitiço de isolamento acústico do salão?
-Peço, pode deixar.
Os jovens subiram as escadas, ouvindo a movimentação que vinha do terraço.
-Parece que a festa tá demais.
-Não só parece, está.
-Eu não sabia que seu pai era produtor musical. Achava que ele tinha uma empresa de tecnologia, ou alguma coisa assim.
-E tem. A Parkinson Inc. tem inúmeras divisões e uma delas é a tecnológica: a Tech&Magic® Company.
-Tecnologia e magia parece um paradoxo.
-Diz isso pro seu celular. – brincou a garota – Mas muita gente pensou a mesma coisa quando meu pai lançou a idéia de proteger aparelhos eletrônicos contra interferência mágica. Hoje, muitos bruxos têm um celular ou um PDA. Sem falar em computadores, Internet, aparelhos de som supermodernos, mp3 players e um monte outras coisas. O meu PDA, por exemplo, funciona até em Hogwarts. Modéstia à parte, meu pai é um gênio! Ele até ajudou na decoração do salão da festa. Ficou incrível, você vai ver!
-Você tá incrível. Eu fiquei sem fala quando te vi. Você tá linda!
-Obrigada – respondeu Pansy corando um pouco – Você também está ótimo. – e o encarou. E assim ficaram, perdidos nos olhos um do outro. Aproximaram-se lentamente, Pansy levantou o rosto enquanto Harry baixava o dele. Seus lábios estavam quase se tocando quando uma gritaria de sacudir as paredes se fez ouvir, assustando-os a ponto de fazê-los pular.
-Caramba! Acho que o TrollZ subiu ao palco.
-Parece mais que o terraço foi invadido por quintípedes! Você só convidou garotas? – perguntou Harry com uma careta, enquanto massageava as têmporas.
-Claro que não, mas garotas gritam mais e mais alto. Aí parece que o salão tá cheio delas. – respondeu Pansy pegando a mão de Harry e puxando-o em direção ao salão.
Ao chegarem, o garoto ficou boquiaberto com as dimensões do lugar; parecia impossível que coubesse dentro de uma casa.
-Esse lugar foi magicamente aumentado, né?
-Foi. Quer beber alguma coisa?
-Claro.
Pansy o conduziu até uma lateral do salão, onde havia um balcão com vários barmans fazendo seus malabarismos. As opções de drinques eram muitas, mas, Harry reparou, nada que levasse bebida alcoólica.
-Nada com álcool, né?
-Ordens do meu pai. E ele ainda disse aos barmans para enfeitiçarem as bebidas contra adulterações.
-Quantas precauções. Até parece que ele não confia na gente. – disse Harry, sorrindo
-Eu também não confiaria. A mágica do salão barrou o Simas na entrada porque ele tava com uma garrafa de bolso cheia de vodka. Teve que jogar tudo fora pra conseguir entrar.
-O que vão querer, jovens? – perguntou um dos barmans.
Harry avaliou as inúmeras opções, mas não conseguiu decidir, então pediu uma sugestão a Pansy.
-O Lua Vermelha é uma delícia. É feito com várias frutas vermelhas e suco de uma outra fruta, que eu não sei pronunciar o nome.
-É feito com suco de Pzakarovtzha. É parecida com uma laranja, só que é roxa e tem suco vermelho. Essa fruta é originária da Rússia, embora hoje se cultive em quase todo o mundo – explicou o barman.
-Pzakaro... o quê? Com esse nome, só podia vir da Rússia mesmo. Vai querer um, Pansy? – a garota acenou afirmativamente com a cabeça – Então prepara dois, por favor.
-É pra já.
-Harry, eu vou pegar uns salgadinhos ali, tá? – disse Pansy, apontando para uma mesa repleta de petiscos.
-Tá, eu levo seu drinque.
A garota dirigiu-se à mesa, pegou um pratinho e colocou nele alguns salgadinhos.
-Pansy, toma seu Lua Vermelha. – disse Harry, ao que a garota se virou e o prato que segurava foi de encontro aos copos que ele trazia, derramando todo o conteúdo absolutamente vermelho destes na camisa branquíssima dele.
-Ai meu Deus!! Desculpa, juro que foi sem querer!
-Não, tudo bem. É só eu lavar que sai.
-Se não colocar um tira-mancha agora, não vai sair! Vem comigo. – a garota o puxou pela mão em direção à saída.
-Mas assim vamos perder o show!
-Não discute, vem. – disse Pansy, e o conduziu até seu quarto. – Senta aí na cama e me dá sua camisa.
-Uma garota tão bonita, pedindo com tanto jeitinho. Como recusar? – provocou Harry, desabotoando a camisa.
-Foi só a camisa e você tá cheio de gracinha. Imagina se os copos tivessem virado na sua calça. – rebateu a garota.
-Aí teríamos uma situação constrangedora demais, até pra mim. – respondeu o rapaz, entregando a peça.
A garota entrou no banheiro, abriu o armário debaixo da pia e tirou o frasco da poção tira-manchas. Antes de aplicar o produto, cheirou a camisa pra sentir o perfume dele: era uma fragrância amadeirada que lembrava aventura e combinava perfeitamente com Harry. Passou o tira-manchas e deixou a peça estendida num cabide. Pegou alguns lenços umedecidos e voltou ao quarto. Encontrou-o observando seus CD’s e permitiu-se observá-lo também.
Ele tinha as costas largas e os braços fortes e ela se sentia muito atraída.
“Meu Deus, como ele é lindo! Eu quero agarrá-lo!”, pensava. Respirou fundo pra se controlar e o chamou:
-Harry? – o garoto se virou – eu trouxe isso pra você se limpar. – disse, entregando os lenços – Senão, você vai ficar grudento.
-Ah, valeu. – ele limpou o peito, perdido nos próprios pensamentos, totalmente alheio aos de Pansy.
“Ai, como esse garoto é lindo! Eu vou ficar com ele!”
“Será que ela tem idéia de quanto está linda?”, pensava Harry. “Droga, eu quero dar um beijo nela... Quer saber, eu VOU dar um beijo nela, e vai ser agora!”.
-Pansy, tem uma coisa que eu quero fazer há muito tempo... – disse o rapaz, aproximando-se dela até que só estivessem afastados por poucos centímetros. A garota leu nos olhos dele qual era sua intenção e reconheceu nas íris verdes a mesma paixão que ela sentia.
-Então faz...
Harry a abraçou pela cintura e beijou-a com paixão. Pansy o enlaçou pelo pescoço e correu os dedos pelos cabelos dele, retribuindo com a mesma intensidade.
Os dois esqueceram de tudo, exceto um do outro. Só perceberam que estavam se movendo quando caíram sobre a cama. O susto da queda os ‘despertou’.
-Nossa – disse Harry, ofegante.
-Uau! Agora sei porque as garotas vivem no seu pé. – disse Pansy, sorrindo.
-O sucesso da performance depende da parceira certa. – respondeu o rapaz, fazendo-a corar. A garota sentou na cama, deixando-o preocupado: -Vai embora?
-Não, vou tirar meus sapatos. – depois de fazê-lo, a garota perguntou: -Pode fazer o mesmo?
-Claro, mas se continuar me pedindo pra tirar a roupa, eu vou começar a te pedir o mesmo. – provocou Harry, tirando os sapatos.
-Não é nada disso, seu tarado! – respondeu a garota, fingindo indignação e batendo nele com uma almofada – Eu só não quero que minha cama fique cheia de poeira. Mas já que você tá tão engraçadinho, eu vou embora. – e fez menção de sair da cama. Harry a abraçou pela cintura e a prendeu sob seu corpo.
-Não, fica aqui comigo.
-Convença-me.
-‘Pra já. – e beijou-a novamente, rolando na cama e deixando-a por cima. Deslizou as mãos pelas costas da garota enquanto sentia os beijos dela em seu pescoço. Procurou os lábios dela e beijou-a com ainda mais paixão.
Após alguns minutos intensos, eles se afastaram para recobrar o fôlego (e a consciência).
“Se continuar assim, acabo fazendo uma besteira”, pensou a garota, enquanto saía de cima de Harry e deitava na cama. No movimento, pressionou o controle remoto do aparelho de som, que estava sobre a cama. Um rock meio antigo, lento preencheu o quarto e ao ouvi-lo, Harry observou:
-‘Painted on my heart’? Ótima música.
-Acha mesmo? É uma das minhas favoritas. – respondeu Pansy, fechando os olhos para apreciar a música. Harry a observou com atenção: as faces dela ainda estavam um pouco coradas e ela movia os lábios acompanhando a letra da música.
“Ela é mesmo muito linda”, concluiu, também fechando os olhos.
Durante o refrão da música, as mãos deles se encontraram e eles entrelaçaram os dedos.
(ainda tenho seu rosto/ pintado em meu coração)
Scrawled upon my soul/ Etched upon my memory, baby
(rabiscado em minha alma/ gravado em minha memória)
And I've got your kiss/ Still burning on my lips
(e eu tenho seu beijo/ ainda queimando em meus lábios)
The touch of my fingertips/ This love so deep inside of me, baby
(o toque da ponta dos meus dedos/ esse amor tão profundo em mim)
Eles abriram os olhos e se encararam. Acompanharam a estrofe seguinte da música como se cantassem um pro outro:
(eu tentei tudo o que eu podia)
To get my heart to forget you/ But it just can't seem to
(pra fazer meu coração te esquecer/ mas parece que não consigo)
I guess it's just no use
(Acho que é inútil)
in every part of me
(em cada parte de mim)
is still a part of you
(ainda há uma parte de você)
Aproximaram-se lentamente para um novo beijo, não como os outros, cheios de paixão. Esse era suave e lento, repleto de um sentimento novo, que nenhum dos dois admitia existir.
Um estridente toque de celular rompeu a magia do momento.
-Ai, que droga! – praguejou Pansy, levantando e atendendo ao telefone, raivosa – Alô!
-Pansy, onde você tá? O show já tá na metade! – gritou Gina, tentando se fazer ouvir em meio a barulheira do salão.
-Oi Gina. Eu tô no meu quarto. Vim... retocar a maquiagem. Já vou voltar pra festa.
-Tá, eu tô perto do palco.
-Tá bom. Tchau. – desligou e encarou Harry – Acho melhor voltarmos.
O rapaz fez que sim com a cabeça, calçou os sapatos e levantou.
-Posso ir pegar minha camisa?
-Claro. Está num cabide.
Harry entrou no banheiro e jogou água no rosto, antes de vestir a camisa. Tentava assimilar o que tinha acontecido. Aquele último beijo fora totalmente diferente dos outros e ele não conhecia aquele sentimento novo. Ou melhor, não queria admiti-lo.
Voltando ao quarto, encontrou Pansy sentada à sua penteadeira, passando um batom. Recostou-se no batente da porta, apreciando a cena.
-Que pena, não posso nem ganhar mais um beijo pra não estragar sua maquiagem.
-Bobo, - respondeu a garota, levantando e aproximando-se dele – batons podem ser retocados. – e lhe deu um estalinho, antes de puxá-lo para fora do quarto para se juntarem aos amigos no terraço.
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