Feitiço contra o Feiticeiro 13/16

23:30 Juh 0 Comments

Capítulo: 13/16
Status: Concluída
Tipo: Romance 
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy; Blaise/luna
Classificação: G - Fanfic Livre

Cap 13: A Última Noite no Castelo


#Meia hora mais tarde,em algum corredor#

Harry e Pansy estavam agarrados, beijando-se profundamente. Depois do tempo que passaram separados, parecia que a paixão estava acumulada. Quando se separavam, era só para trocarem palavras carinhosas.
-Adoro seus olhos. – dizia Pansy – Verde é minha cor favorita! – a garota o abraçou, beijando-o no pescoço. Depois, puxou levemente seu cabelo, fazendo-o arrepiar-se – Adora quando faço isso, né?
Ele confirmou com a cabeça e disse:
-E você adora quando eu mordo sua orelha.
-Uhum.
-O que mais você gosta?
-Do seu beijo, seu cheiro, e – fez uma rápida pausa – Madame Norra.
-Quê?!
-A gata do Filch!
Harry olhou para trás e viu o animal, que tinha um olhar que lembrava reprovação. Pansy puxou o namorado pela mão.
-Vamos sair daqui! O Filch deve estar vindo!
-Tecnicamente não somos mais alunos de Hogwarts.
-E daí? Aquele maluco vai querer nos bater com um chicote do mesmo jeito!
-Eles estão aqui, não é, querida? – os jovens ficaram aterrorizados ao ouvirem a voz do inspetor.
-Pensando bem, eu não quero ficar aqui pra descobrir. Vamos! – disse Harry.
Mal começaram a correr, ouviram os miados de Madame Norra guiando o dono. A respiração asmática de Argo Filch parecia bem próxima, como se estivesse logo atrás deles.
-Ele vai nos alcançar, Harry. – sussurrou Pansy – Precisamos nos esconder!
-Eu conheço um lugar. Vem.
Continuaram correndo até chegar a um corredor. Harry começou a andar para frente e para trás diante de uma parede.
-O quê você tá fazendo?! Daqui a pouco, ele tá aqui! – disse Pansy, exasperada. Mas, para sua surpresa, a parede se transformou numa porta. Harry a abriu e chamou. Entraram rapidamente. Filch tinha acabado de chegar ao corredor, se fizesse isso alguns segundos antes, teria pego os jovens. Podiam ouvi-lo falando com Madame Norra:
-Fareje, querida, eles não devem estar longe! – uma pausa – Malditas pestes! Aprontam até no último dia em Hogwarts. Pena que conseguiram fugir... Vamos, querida. Deixe-os pra lá! – Filch pegou a gata e foi embora.
Pansy respirou aliviada. Nunca sentira tanto medo na vida! Apoiou-se na porta e sorriu. Fora muito emocionante.
-Que foi? – perguntou Harry.
-Eu nunca fugi do Filch em sete anos de Hogwarts!
-Sério? Nossa, eu fugia dele sempre. Acho até graça. Mas como hoje foi a sua primeira vez, devemos brindar.
-Com o que? – perguntou a morena, olhando em volta. Estavam numa sala grande e vazia.
-O que prefere? Champanhe?
-E de onde você vai tirar champanhe... – a garota não terminou a pergunta tamanha a surpresa que sentiu ao ver uma mesa se materializar na sala. Sobre a mesa, uma garrafa e duas taças.
-Já ouviu falar da Sala Precisa? – perguntou Harry, passando por ela.
-Esta é a famosa Sala Precisa? Claro que já ouvi falar, mas nunca tinha vindo...
-Então, seja bem-vinda. – disse o rapaz, entregando-lhe uma taça. Ela bebeu um gole e fez uma careta.
-Isso é suco de abóbora!
-Acho que não se pode pedir nada alcoólico no Castelo.
-Mas posso pedir um lugar pra descansar? – nem bem terminou de dizer isso, uma bela cama com dossel e colcha de seda se materializou. Sobre ela, fofos travesseiros e almofadas e, de ambos os lados, criados-mudos e abajures. – Fantástico! – exclamou Pansy, antes de se jogar sobre a cama. – Mil vezes mais confortável que a minha cama lá na Sonserina.
-Deixe-me experimentar. – disse Harry, pulando sobre o móvel.
-Melhor que a cama da Grifinória?
-Muito. Principalmente porque você tá aqui.
-Quantas garotas trouxe pra cá?
-A única, você.
Pansy sorriu e sentiu o rosto esquentar. Harry aproximou-se e a beijou. A garota relutou um pouco antes de corresponder plenamente. Aquela era uma situação nova: estavam sozinhos num lugar onde dificilmente seriam incomodados. Mas em vez de relaxados, essa privacidade os deixava um tanto apreensivos. Estavam mais próximos daquela intimidade tão esperada e temida do que jamais estiveram. Pansy achava que seus sentidos estavam potencializados. Podia ouvir os pios das corujas, lá fora. O beijo dele tinha um sabor mais intenso e o perfume parecia mais inebriante.
Harry afastou-se dela um pouco. Sentia o fôlego faltar. As coisas pareciam diferentes agora. Suas reações estavam mais fortes, arrepiava-se ao ouvi-la suspirar, a pele dela parecia mais macia. Olhou-a nos olhos. Naquele silêncio, podia ouvir as batidas do seu coração. Ou talvez, fosse o coração dela, que batia no mesmo ritmo. Perdidos nos olhos um do outro, eles viam dois sentimentos conflitantes: medo e desejo.
Pansy tirou os sapatos, sem desviar os olhos de Harry. Ajoelhou-se na cama e o puxou, fazendo-o ajoelhar-se também. Acariciou-lhe o rosto e disse, com a voz suave e convicta:
-Eu amo você.
Ele abriu um largo sorriso e segurou a mão dela. Seus olhos se tornaram mais brilhantes ao responder:
-Eu amo você, também.
-Harry, quero ficar com você. – a morena corou um pouco e o rapaz sentiu um leve tremor percorrê-la.
-Você tá falando do que eu acho que você tá falando?
-Não sou legilimente, então vou esclarecer. Eu quero passar a noite com você. Essa noite.
-Tem certeza?
-Tenho. A gente se ama, confio em você... Não preciso de mais nada. Quer dizer, – a morena corou furiosamente – precisamos de uma coisa muito importante, mas eu não sei...
-Tá falando disso? – perguntou o rapaz, num tom controlado (que disfarçava bem sua ansiedade), apontando para uma das mesas de cabeceira. Havia algo ali que até alguns segundos antes não estava: camisinhas.
A garota ficou ainda mais vermelha. Chegou a pensar em sair correndo, tamanho o seu constrangimento. Mas já chegara até ali, dissera a ele que o amava e que queria que ele fosse o primeiro. Desistir agora seria muita covardia. E ela não era covarde!
Abriu a boca, na tentativa de dizer algo que amenizasse a tensão, mas Harry pousou um dedo em seus lábios. Ela entendeu que palavras não seriam mais necessárias. A partir dali, seus corações e seus corpos falariam...

#6:30 da manhã, Sala Precisa#

Harry acordou da melhor noite da sua vida. Fazer amor com Pansy fora ainda melhor do que ele pudera imaginar. Como dizia a música: “sexo é bom, amor, melhor. Os dois, então, perfeito” *¹. Esticou-se na cama, sentindo-se absolutamente relaxado e feliz. A morena dormia calmamente, com a cabeça apoiada em seu peito. Parecia a personificação da tranqüilidade. Acariciou-a no rosto, para acordá-la. Tinham que ir para seus dormitórios, ou ficariam muito encrencados.
Chamou o nome dela, baixinho. Ela se mexeu e, por fim, abriu os olhos. Harry se sentiu mais feliz. Podia se acostumar com aquilo: acordar e ver aqueles olhos negros todos os dias.
-Bom dia. – falou, suavemente.
-Bom dia. – respondeu a morena, sorrindo. – Dormiu bem?
-Precisa perguntar? – ela sorriu mais – E você?
-Maravilhosamente. Tanto que eu adoraria continuar dormindo.
-Mas temos que voltar pra nossas casas. – Pansy fez uma careta, a última coisa que queria era sair dali. – Não podemos aparecer pro café com as roupas da festa.
-Tá, você tem razão.
Ela afastou as cobertas e levantou. Ao vê-la de camisola (tinham desejado roupas para dormir, a intimidade não era tão grande assim), Harry quase desistiu de sair da Sala Precisa. A garota foi para trás de um biombo e colocou o vestido da festa, enquanto Harry punha seu terno.
Depois de devidamente vestidos, os dois saíram da Sala precisa. Passaram rapidamente pelos corredores, com medo de encontrar Filch ou sua gata. Harry conhecia muitas passagens secretas, então logo chegaram ao corredor que levava à Sonserina.
-Pronto. Em casa, sã e salva.
-Obrigada – respondeu a garota, beijando-o – Agora corre pra Grifinória antes que alguém te veja circulando pelo Castelo a essa hora.
-Qualquer coisa, eu digo que levantei cedo pra me despedir de Hogwarts.
-Com a roupa de ontem? – Harry riu – A gente se vê no café. – a garota seguia para sua Casa, quando ele a chamou:
-Pansy?
-Quê? – ela voltou-se.
-Eu te adoro.
A morena correu até ele e jogou-se em seus braços.
-Também adoro você. Mas não pode demorar por aqui, ou vão te ver.
-Me dá um beijo, que eu vou embora.
-Tá bom.
Atreveram-se a beijar-se lentamente, como se tivessem todo o tempo do mundo para estar naquele corredor. Alguém, como Filch ou algum professor, podia aparecer a qualquer momento. Talvez até algum aluno fofoqueiro. Mas quem surgiu foi ninguém menos que o Barão Sangrento.
-Um encontro amoroso em lugar público e horário indevido. Uma detenção seria suficiente para castigá-los?
-Bom dia, Barão. – cumprimentou Pansy, num tom descontraído.
-Talvez seja melhor ir para seu dormitório, senhorita.
-Sim, senhor. – a garota disse um tchau apressado e virou-se para ir embora, mas Harry segurou sua mão.
-Vai receber ordens de um fantasma?
-Não tenho medo dele, se é o que está pensando. Mas ele pode mandar o Pirraça chamar o Filch, e aí vamos estar ferrados!
-É, você tem razão... – respondeu Harry, observando a expressão de superioridade do Barão. Com certeza ele era o fantasma mais petulante do Castelo. Achava-se no direito de dar ordens aos alunos. – Tchau. Até mais tarde. – e se retirou.
Pansy olhou indignada para o Barão. Mesmo para os padrões de humor dele, prejudicar uma aluna de sua própria casa era demais! Deu as costas a ele e foi para a Sonserina. Disse a senha (“Slytherin, o maior dos Quatro de Hogwarts”) e entrou, imaginando que o Salão Comunal estivesse vazio. Qual não foi a sua surpresa ao ver Draco Malfoy, com a roupa da festa, sentado em uma das poltronas. E com um sorriso, tão feliz, que chegava a ser suspeito.
Os dois se encararam, os pensamentos correndo rápido na tentativa de encontrar uma explicação satisfatória para a situação. Ele abriu a boca, mas antes que dissesse qualquer coisa, a parede do Salão Comunal se abriu e outra pessoa entrou.
-Porque ninguém tá dormindo? Assim fica difícil entrar sem ser visto! – disse Blaise.
-E de quem é a culpa se você resolve dormir em outro lugar? – perguntou Pansy.
-Não olhem pra mim assim!
-Você tá com a roupa de ontem, Blaise... – disse Draco.
-Todos estamos. Aliás, estamos é numa situação muito suspeita! – respondeu Blaise.
-Ok. – começou Pansy – Então, façamos o seguinte: eu não digo nada, se vocês também não disserem. Combinado?
-Combinado. – disseram os rapazes.
-Passamos a noite, cada um em sua cama. Sozinhos. – acrescentou Draco.
-Certo. Tchauzinho. – disse a morena, entrando em seu dormitório. Atitude que também foi seguida pelos rapazes. Trocaram de roupa, tomando o cuidado de não acordar os colegas, e se acomodaram em suas camas. Nenhum deles dormiria, pois logo teriam que sair para o café da manhã. Apenas reservaram aquela última hora para lembrar de sua última noite em Hogwarts. Uma noite inesquecível. Para todos eles.

#9 da manhã, Salão Principal#

O Salão estava cheio e barulhento. Como era de costume no último dia de aula. Dizer que os formados estavam ansiosos era pouco. Afinal, eles tinham terminado uma importante etapa de sua formação: a Academia de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a melhor escola mágica da Europa, quem sabe do mundo! Agora era decidir o que fazer, que carreira seguir... Muitos já sabiam: Blaise, milionário desde o nascimento, surpreendeu a todos ao dizer que iria fazer um curso de direção de cinema. Ele explicou que crescera nesse mundo, pois a mãe era atriz.
-Não entendo o porquê da surpresa. Ser diretor não é uma carreira tão incomum assim.
-A surpresa não é pela carreira que escolheu, - explicou Draco – mas o fato de ter escolhido uma carreira! Todo mundo sempre achou que você ia viver de renda.
-Acharam que eu seria um playboy a vida inteira?
-É. – respondeu Harry. Blaise fez uma careta.
-E você, Malfoy, o que vai ser quando crescer? – brincou Pansy.
-Eu não vou ser, eu já sou. Diretor Financeiro da Malfoy Ltda. E você? Vai sair da casa do papai?
-Não agora. Daqui a uns dois ou três anos, quem sabe...
-E aí, vai tá pronta pra casar, né? – brincou Luna.
Harry engasgou com um pedaço de bacon. Os outros cinco caíram na gargalhada.
-Calma, Harry. Não precisa morrer por causa de uma brincadeira. – disse a loura.
-Eu vou pra Escola Elizabeth II de Administração de Empresas. – continuou Pansy – Meu pai já disse: “Se quiser assumir a empresa, tem que se preparar. Eu não sou nepotista.” Mas e você, o que vai fazer? – perguntou a morena ao namorado.
-Academia de Aurores. Isso se eu conseguir NIEM’s suficientes.
-Vai conseguir. – disse Pansy, beijando-o no rosto – Todos vamos conseguir.
Depois do café, os alunos saíram do Castelo aos poucos. As carruagens aguardavam junto aos portões. A maioria passava apressada, sequer olhavam em volta, mas os formados sentiam que aquela despedida era bem diferente. Enquanto a maioria sabia que estaria de volta em setembro, eles tinham consciência de que as chances de voltarem ao Castelo eram poucas, só se arrumassem um emprego de professor.
Horas mais tarde, durante a viagem de volta no Expresso de Hogwarts, o sol já se punha, e seus raios encontraram os seis jovens profundamente adormecidos. As moças, sentadas nos bancos e seus namorados, deitados apoiando as cabeças nas pernas delas. Quem passasse pela porta acharia muita graça na cena. Parecia que os seis tinham caído de bêbados. Mas a verdade é que tanto sono era resultado de uma noite muito mal dormida.
O trem desacelerou ao entrar na Plataforma 9½ e com um último solavanco, parou. O balanço foi forte o bastante para derrubar os rapazes dos confortáveis colos das namoradas. O barulho dos três caindo no chão e reclamando acordou as meninas.
-Já chegamos? – perguntou Gina.
-Já. – respondeu Pansy, levantando e se adiantando para sair da cabine.
Na plataforma, os pais os aguardavam. Luna sorriu ao ver a cara meio contrariada que o pai fez ao vê-la com Blaise. O rapaz cumprimentou-o, confiante.
Gina e Draco foram surpreendidos por Arthur e Molly Weasley e por Narcisa Malfoy. Como os dois não tinham contado nada à eles, tiveram que encarar as caras feias e broncas. No meio do falatório, despediram-se com um selinho, para exasperação dos pais.
Harry abraçou Pansy, puxando-a para mais perto e perguntou:
-Devemos contar pros nossos pais, agora?
-No meio dessa bagunça?
-Porque não? Vamos, eles tão ali, conversando.
Ao chegarem, os dois casais os olharam com uma cara de “eu já sabia”. E antes que eles abrissem a boca para dizer algo, Tiago começou:
-Acho que agora somos uma família, não?
-É, é. – respondeu Johnathan – Mas não pense que por isso eu vou deixá-lo ganhar no quadribol, no fim-de-semana.
-Ora, como se eu precisasse disso...
-Ai Merlin, esses dois vão ficar insuportáveis. – brincou Elisa.
-Isso porque os meninos tão só namorando. Imagina quando eles se casarem... – disse Lílian.
Harry e Pansy trocaram um olhar aterrorizado. O namoro mal fora oficializado e os pais deles já estavam falando em casamento! Pansy já suspeitava de algo assim, seus pais adoravam uma festa.
Intrometeram-se na conversa dos adultos, dizendo que era cedo para falarem daquilo. Os pais reagiram, rindo e falando de festa, salões, vestidos e padrinhos. As duas famílias se despediram, marcando almoços e churrascos de fim-de-semana. Pansy e Harry se despediram com um beijo. Não um beijo costumeiro deles, cheio de paixão. Uma coisinha simples, afinal, estavam em frente aos pais, né? O moreno disse, ao se separarem:
-Vamos sair amanhã? Inauguração da The Rock?
-Lógico! Vamos sim. – cochichou no ouvido dele: – Lá, eu te dou um beijo de verdade.
-Vou cobrar, hein.
Os pais os chamaram e eles se separaram, relutantes. Foram para suas casas com a expectativa de se verem no dia seguinte. Por que um grande amor é assim, 24horas do dia não é suficiente para estar com quem se ama...

***************************************************

You Might Also Like

0 comentários: