Noivos em Fuga 4/6
Capitulos: 6
Status: Concluída
Tipo: Romance -
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy
Censura: G - Fanfic Livre
Cap 4: A Iniciativa das Mães
A idéia fora de Pansy, mais uma vez comprovando o fato de que ela sempre acabava salvando sua pele. Na mesma noite em que ela o ajudara, contara que tinha conhecido um tal Harry e que não conseguia parar de pensar nele. A morena chorara muito, dizendo que não era certo gostar de outro, estando noiva, mas Draco a tranqüilizara, garantindo que iriam desfazer o compromisso o quanto antes. A amizade de ambos era mesmo muito grande, eles sabiam que não seriam felizes juntos, então estavam dispostos a apoiar o outro se este se apaixonasse.
Após a apresentação do comercial, Draco recebeu os agradecimentos e dirigiu-os à Pansy, dizendo que ela era a dona da idéia. Os repórteres pediram que ela subisse ao palco e a moça não teve como recusar. Quase cometera um erro terrível, pois ao agradecer, dissera apenas que a idéia viera de uma grande amiga. Houve uma certa comoção na audiência e o louro chegou a ver os olhos de seus pais e seus “sogros” se estreitarem. Rapidamente acrescentou “Noiva”, abraçando a moça e beijando seu rosto. Foi o bastante para que os ânimos se acalmassem.
Ela não se sentia muito disposta a ficar na festa, ainda mais depois do agradecimento.
-Draco, posso ir embora?
-Agüenta só mais um pouco, tá? Não vai demorar muito mais.
-Tá bom. Vou dar uma circulada. – a morena se afastou um pouco, mas ele a puxou de volta e lhe deu um abraço apertado.
-Se você quiser se esconder da sua mãe, - disse em seu ouvido – pode ficar na minha sala.
-Obrigada. – Pansy gostou do abraço, lhe transmitia força e amizade. Sorriu pra ele, agradecida e saiu.
-Qual o problema da Pans? – perguntou Blaise, preocupado com a amiga – O noivado?
-É... mas não só isso. Ela me disse que conheceu um cara. Blaise, nunca vi os olhos dela brilharem tanto, nem quando a gente namorava de verdade.
-Eu sempre tive medo disso nessa história enrolada de vocês. Nada nunca impediu que seus coraçõezinhos livres, leves e soltos resolvessem se apaixonar. Quero ver vocês saírem dessa.
-Ah, não enche, Blaise! – mas o pior era que o amigo estava certo. Ele próprio já pensava na Weasley com mais freqüência do que seria saudável – Nós temos que fazer o que é melhor pra ela.
-E o que seria?
-Se você tivesse visto o jeito que ela falou do tal cara, concordaria comigo que o melhor pra ela é ficar com ele.
-E se vocês fossem um casal normal, eu diria que nada poderia impedi-la, já que o noivo está de acordo. Mas nós sabemos que a opinião de vocês é a que menos importa nesse relacionamento.
Finalmente chegara ao jardim. Sentou numa área junto a um canteiro de margaridas e se distraiu com a beleza das flores. A aproximação de alguém lhe chamou a atenção. Ergueu a cabeça e se deparou com ninguém menos que o seu Harry.
-Você? – ela abriu um largo sorriso e se levantou. Tentou abraçá-lo, mas ele se afastou.
-É verdade o que o Malfoy disse? Você é noiva dele? – havia rancor na voz dele e incredulidade em seus olhos.
-Sou. – ele deu um sorriso sarcástico que a arrepiou – Mas é uma história complicada...
-Pelo contrário, tudo me parece muito simples. Você resolveu sair, encontrou um cara e quis brincar com ele.
-Não é nada disso!
-E o que é então, Pansy Parkinson, futura senhora Malfoy? – o tom dele era carregado de desdém, o que trouxe lágrimas aos olhos dela.
-Eu não quis brincar com você! Não saí pra conhecer ninguém naquela noite, o que aconteceu foi... acaso!
-Antes você se contentava em ofender as pessoas, mas eu vejo que seu sadismo subiu de nível. Não sei como não te reconheci.
-Você nunca iria esperar encontrar Pansy Parkinson numa boate trouxa. Nem você, nem a imprensa e muito menos, os meus pais. Por isso fui pra lá! Só queria dar um tempo da minha própria vida! – desabafou ela, em voz alta. Havia muito desespero em seus olhos, o que fez Harry pensar se não estava sendo injusto.
-O que tem de tão errado na sua vida?
Ela mostrou a mão direita, cujo dedo anelar estava adornado por uma bela aliança.
-Meu noivado.
-E porque você não termina?
-Se fosse tão fácil... Acha que eu nunca tentei? Sempre que eu levanto o assunto, alguma coisa mais importante acontece. Isso sempre fica pra segundo plano. Sem falar que me ver casada com o Draco é o maior sonho dos meus pais.
-Eles não percebem que você não quer?
-Acho que não ligam... Ou então não percebem, não moro com eles. – ela o encarou – A questão é que eu nunca traí o Draco. Não o amo dessa forma há muito tempo.
-E quanto a mim? O que sente?
-Acho que eu te amo...
Seja o que for que esperava ouvir dela, com certeza não era isso. Ergueu tanto as sobrancelhas que elas quase sumiram junto aos seus cabelos. Ela sorriu brevemente.
-Eu não sei o que dizer.
Ela soluçou e mais lágrimas correram por seu rosto alvo.
-Só não diga adeus...
Ao vê-la tão frágil e depois de ter passado tanto tempo pensando nela, Harry se arrependeu de estar tendo aquela conversa. E daí que ela era noiva? Ele só precisava olhá-la nos olhos pra saber que ela era sua. Assim como tinha certeza que nenhuma outra mulher o faria se sentir da forma que ela fazia. Ainda lembrava das sensações que o beijo dela lhe despertara.
-Nunca. Não vou me afastar de você... – ele se adiantou e a abraçou com força. Pansy apoiou o rosto na curva de seu pescoço, aspirando o perfume – Não vai se livrar de mim tão facilmente. – brincou.
Ela ergueu o rosto e o beijou. Aquele beijo maravilhoso que os tirava do planeta.
Quando se afastaram, Harry encostou a testa na dela e disse:
-Te achei.
-Não me perca, tá?
-Nunca!
-Me tira daqui, por favor.
-Pra onde você quer ir?
-Pra um lugar seguro.
Ele a ergueu nos braços e desaparatou dali. Do canto do jardim, um par de olhos azuis acompanhava toda a ação. Sorriu ao ver a amiga beijando o Cabeça-Estragada. Achou uma grande ironia que o tal Harry que ela conhecera numa boate trouxa fosse Harry Potter. Mas ela estava feliz e isso era o mais importante.
Tomou o caminho de volta para o interior do Salão de eventos e se deparou com ninguém menos que Lucius Malfoy ladeado por Henry Parkinson, seu ‘sogro’. Apesar de ser da mesma altura deles, Draco sempre sentia-se como uma criança quando os dois apareciam assim, de surpresa.
-Draco, onde está minha filha?
-Foi pra casa. – respondeu, rezando para que seu pai não resolvesse dar uma de Legilimente, ou a amiga teria problemas sérios.
-Sozinha? Draco, porque não a levou?
-Ela insistiu que eu deveria ficar, afinal a Firebolt pertence à Malfoy Inc. Eu disse que não haveria problemas em acompanhá-la rapidamente, mas ela se preocupa muito com meu trabalho.
-É, a minha Pansy é uma moça muito ajuizada. – comentou Henry, com um largo sorriso – Será uma excelente esposa... – ele passou o braço sobre os ombros de Draco e começou a caminhar, praticamente arrastando o louro – Minha menina é muito especial, não merece ser tratada com descaso...
Draco viu logo onde ele queria chegar com aquela conversa mole. Mais uma vez, ia cobrar que eles marcassem a data. Felizmente, já era vacinado quanto àquilo. Tinha todas as desculpas na ponta da língua. Só não gostava quando Henry o “abraçava” daquele jeito, o homem era forte e tinha um jeito de general do exército que assustava às vezes.
-Mas eu sei que você nunca faria isso à minha princesa, não? – ele apertou o abraço, quase quebrando as clavículas e omoplatas de Draco.
-Claro que não, Henry. Meu filho jamais aprontaria uma dessas. – Lucius cumprimentou o filho com um tapinha nas costas que ecoou em sua cavidade torácica. Em seguida, voltou pra festa acompanhado do amigo. O louro respirou fundo devagar, queria ter certeza que não sofrera nenhuma fratura.
-Esses dois estão estranhos. Tem alguma coisa acontecendo e eu tenho certeza de que não vou gostar... Bom, de qualquer forma, Pansy, você me deve uma. – lembrou de Gina e do beijo que tinha dado nela – E eu já sei como cobrar...
Harry chegou a uma sala bem arrumada, decorada em tons de cinza e azul-marinho.
-Bem vinda à minha casa. O lugar mais seguro que eu pude pensar.
-Obrigada.
Ele a pôs no chão e os dois ficaram se encarando.
-Ah, não pense que eu te trouxe aqui com segundas intenções, tá? – ele deu um passo pra trás – É que você disse que queria sair de lá e... – calou-se ao sentir os dedos dela sobre seus lábios.
-Tudo bem. Não estou pensando mal de você.
-Mesmo? – ela confirmou com a cabeça – E o que pensaria se eu te beijasse?
-Vem descobrir.
Beijaram-se ansiosamente, esquecendo-se dos problemas e das complicações.
-Muito bem. E os preparativos?
-Vão maravilhosamente bem. As flores chegarão amanhã, o vestido já ficou pronto, a igreja está sendo decorada.
-Ótimo. Desse final-se-semana, esse casamento não passa. Mas o mais importante é que as crianças não podem sequer suspeitar de que estamos organizando as coisas.
-Quanto a isso fique tranqüila. Nós sempre vamos ao campo nos fins de semana. A Pansy não vai perceber que dessa vez algo será diferente. Mas o Draco não vai achar estranho se o convidarmos?
-É aí que está. Nós vamos com o propósito de conhecer a nova casa de campo. Ele só vai descobrir quando for tarde demais. Não haverá nenhuma desculpa dessa vez!
-Ai, imagino minha filhinha com aquele vestido... Ela vai ficar tão feliz!
-O Draco também. Eles vão nos agradecer muito por ter organizado tudo. Do jeito que trabalham, não tem tempo pra nada, pobrezinhos.
-Finalmente veremos nossos filhos casados, Narcisa! Ainda não consigo acreditar...
-Nem eu. Mal posso esperar pra entrar com Draco na igreja... Acho que não vou agüentar de emoção.
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