Noivos em Fuga 1/6
Capitulos: 6
Status: Concluída
Tipo: Romance -
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy
Censura: G - Fanfic Livre
Cap 1: Um noivado longo demais
O toque do telefone celular chamou a atenção de Draco Malfoy. Mexeu-se em sua poltrona de couro de dragão, tateando os bolsos do paletó para pegar o aparelhinho. Não era muito chegado à objetos trouxas, mas teve que admitir que um telefonema ou um e-mail eram muito mais rápidos que enviar uma coruja. Sorriu ao ver quem ligava: Pansy, sua melhor amiga. E noiva, nas horas vagas.
-Alô?
-Oi, Draco. Tá muito ocupado?
-Não, pode falar.
-Vamos almoçar?
-Ok, passo pra te pegar em 30 minutos.
-Estarei esperando. Beijo.
-Outro. – desligou o telefone e sorriu mais. Parecia que Pansy sempre sabia a hora exata de lhe telefonar. Aquele dia estava sendo um inferno. Seu pai aparecera de surpresa pra fazer inspeções (ou bisbilhotar o trabalho dele, em bom português), a Companhia de Vassouras Firebolt® estava com problemas de marketing e ele, como vice-presidente da empresa que detinha a maioria das ações, tinha que resolver isso logo. Ou teria prejuízo. Blaise, seu sócio e amigo, não ajudava muito, pois não sabia nada de negócios. Desde que o dinheiro estivesse lá, ele estava satisfeito.
-Draco, vamos conversar. – disse Lucius, entrando na sala, sem ser anunciado.
-Pai, o senhor de novo por aqui...
-Eu reparei que você não tem falado mais no seu casamento. – começou o Malfoy-mor, sem rodeios – Terminou com a Pansy?
-Não! Claro que não. – Draco respondeu tão rápido que pareceu suspeito. – Eu não falo porque não temos nenhuma novidade.
-Bom, e quando vão ter? Esse noivado de vocês já está mais longo que alguns casamentos. Quantos anos já são?
-Sete. – resmungou Draco.
-Sete anos... Se eu tivesse quebrado um espelho no dia do seu noivado, a má sorte já teria passado.
-Pai, não começa. – o rapaz começou a arrumar a mesa pra sair – Já tô com a cabeça cheia de problemas pra agüentar sermão.
-Só fique sabendo que não vai herdar essa empresa se não se casar.
-E que diferença vai fazer um papel e uma aliança? Eu já mando nessa empresa sendo solteiro, acha que se me casar, vou ser mais competente?
Lucius ergueu as sobrancelhas e Draco percebeu que fora longe demais.
-Pensa que é quem pra falar nesse tom comigo, rapaz?
-Me desculpe. Não pretendia me exaltar. – o toque do celular de Draco se fez ouvir e ele o pegou, aliviado. “Tomara que seja a Pans!”, pensou antes de olhar o visor e ver o nome de Blaise. “Ah, que se dane, vai ter que servir” – Oi querida.
-Iih, qual é, Draco? Tá me estranhando?
-Eu já to saindo. Tô terminando uma conversa com meu pai.
-Ah, o paizão tá botando uma pressão, né?
-É, isso mesmo. Vou te buscar, tô saindo agora.
-Tá bom, meu amor. – debochou Blaise – Vou bater um bolo pra você, tá?
-Até daqui a pouco, tchau. – e desligou. A farsa pareceu enganar o pai, pois este estava com uma expressão mais satisfeita – Bom, se o senhor me dá licença, vou encontrar minha noiva.
-Aproveite pra marcar a data. Pare de enrolar a moça.
Draco vestiu o paletó, despediu-se rapidamente do pai e saiu. Tinha que falar com Pansy pra acabarem de vez com aquilo, seus pais não mereciam serem enganados assim.
~*~
-Ai, Merlin, o quê aconteceu com esse vestido?
-Eu não sei. Chegou assim da confecção!
-Está arruinado! – Pansy passou as mãos nos cabelos e fechou os olhos com força.
-Acalme-se, podemos tentar dar um jeito. – disse a secretária, cautelosa.
-Que jeito?! Jane, esse vestido tem que ser entregue a Celestina Warbeck até amanhã! É um modelo exclusivo que ela vai usar na entrega do Prêmio Sathirus. Agora me diz, como eu vou explicar pra uma das cantoras mais famosas do país que ela não vai ter o que vestir??
-Podemos modificar um dos modelos prontos e pedir urgência na confecção. – sugeriu Jane.
A morena sentou em um pufe e afundou o rosto nas mãos. Odiava quando as coisas fugiam ao seu controle. Falou com a secretária sem levantar a cabeça.
-Pega aquele vestido azul-petróleo que tem xale de seda, é o único que vai caber nela mesmo...
Mais que depressa, a assistente trouxe a peça e a pôs num cabide. Pansy pegou uma prancheta e com um lápis fez o esboço e as modificações necessárias. Seus olhos e mãos trabalhavam febrilmente.
-Jane, arranja outra confecção. Com essa, eu não trabalho mais. – disse, sem tirar os olhos do vestido e da prancheta.
-Ok. – antes que a moça chegasse ao telefone, este começou a tocar. Jane apressou-se a atender, antes que a chefe tivesse uma crise nervosa – Alô?
-Aqui é a senhora Parkinson. Eu quero falar com a minha filha.
-Pois não, sra. – dirigiu-se à morena – Pansy, é sua mãe.
-O que ela quer?
-Acredito que queira falar sobre o casamento. Em geral, ela só liga pra tratar desse assunto.
-Ai Merlin, dai-me paciência. – pegou o fone – Alô?
-Querida, estava conversando com a Narcisa e comentei que suas flores favoritas são lírios, mas ela disse que Draco é alérgico. O que você acha de trocarmos por rosas brancas?
-Mãe, do que você tá falando?
-Do seu casamento, filha. Do que mais seria? – Melissa Parkinson usou aquele tom de “isso não é óbvio?” ao responder.
-Mãe, aconteceu uma tragédia aqui no ateliê e você liga pra falar de casamento? O que você tem na cabeça? – esbravejou a moça.
-Eu me preocupo com a sua vida. O que é mais importante do que o seu relacionamento?
-Qualquer coisa! Agora, por favor, mãe, me deixa trabalhar. Tchauzinho. – e desligou. A secretária atônita, a encarava com a boca entreaberta – O que foi, Jane?
-A sua mãe deve estar muito zangada agora.
-Bom, ela não vai morrer por causa disso. Parece não saber que o mundo não gira em torno dela...
-Pansy, o que ela não sabe é que você não quer se casar com o Malfoy. Pra ela, os preparativos estão indo muito bem.
-Ai, não quero pensar na minha mãe agora. O lançamento da próxima coleção tá aí e eu não tive nenhuma idéia genial pro tema do desfile. – o som do celular pareceu acalmar a morena, pois reconheceu o toque exclusivo – Oi Draco. Já to descendo. – dirigiu-se à secretária – Jane, eu não volto hoje. Se alguém perguntar, você inventa alguma coisa, tá? E se minha mãe ligar de novo, diz que eu fui almoçar com o meu noivo.
-Ok.
-E, por favor, manda o vestido pra confecção.
-Aquela de emergência?
-É. E procure uma confecção nova.
-Sim, senhora. – respondeu a secretária, sentando à mesa e pegando o telefone.
Pansy pegou suas coisas e saiu, absolutamente preocupada com a obsessão que sua mãe tinha pelo seu casamento.
~*~
Draco e Pansy foram a um simpático restaurante que já freqüentavam há algum tempo. Ocuparam sua mesa reservada.
-Você me salvou de uma boa hoje. – começou Draco.
-Por que?
-Meu pai foi me interrogar.
-Deve ter combinado com a minha mãe, então. Ela propôs trocar os lírios por rosas brancas porque você é alérgico.
-Realmente sou alérgico, mas do quê ela estava falando?
-Decoração do casamento.
O louro suspirou, cansado. Aquele assunto já se tornara mais do que cansativo.
-Meu pai me intimou. Disse com todas as letras que se eu não me casar, não herdo a empresa.
-Ele já não fez isso antes? – perguntou a morena, sorrindo.
-Já, mas dessa vez foi mais sério. Não tá dando mais pra enrolar, Pans. Estamos oficialmente noivos há 7 anos! É muito tempo!
-Eu sei, mas meus pais terão um ataque se eu disser simplesmente “Gente, apesar de ter passado 7 anos noiva, eu não me casar com o Draco. Vocês entendem, não?” Minha mãe jogaria um sapato na minha cabeça...
-Isso seria ainda melhor que ser azarado. Não espero menos de Lucius Malfoy. – o louro fez uma pausa –Mas não tem outro jeito. Nós temos que terminar.
-Dá tempo de comprar uma passagem só de ida pro fim do mundo? – brincou Pansy.
-Não mesmo. Estamos ficando sem tempo. E sem desculpas.
Status: Concluída
Tipo: Romance -
Pairings/Characters: Draco/Gina; Harry/Pansy
Censura: G - Fanfic Livre
Cap 1: Um noivado longo demais
O toque do telefone celular chamou a atenção de Draco Malfoy. Mexeu-se em sua poltrona de couro de dragão, tateando os bolsos do paletó para pegar o aparelhinho. Não era muito chegado à objetos trouxas, mas teve que admitir que um telefonema ou um e-mail eram muito mais rápidos que enviar uma coruja. Sorriu ao ver quem ligava: Pansy, sua melhor amiga. E noiva, nas horas vagas.
-Alô?
-Oi, Draco. Tá muito ocupado?
-Não, pode falar.
-Vamos almoçar?
-Ok, passo pra te pegar em 30 minutos.
-Estarei esperando. Beijo.
-Outro. – desligou o telefone e sorriu mais. Parecia que Pansy sempre sabia a hora exata de lhe telefonar. Aquele dia estava sendo um inferno. Seu pai aparecera de surpresa pra fazer inspeções (ou bisbilhotar o trabalho dele, em bom português), a Companhia de Vassouras Firebolt® estava com problemas de marketing e ele, como vice-presidente da empresa que detinha a maioria das ações, tinha que resolver isso logo. Ou teria prejuízo. Blaise, seu sócio e amigo, não ajudava muito, pois não sabia nada de negócios. Desde que o dinheiro estivesse lá, ele estava satisfeito.
-Draco, vamos conversar. – disse Lucius, entrando na sala, sem ser anunciado.
-Pai, o senhor de novo por aqui...
-Eu reparei que você não tem falado mais no seu casamento. – começou o Malfoy-mor, sem rodeios – Terminou com a Pansy?
-Não! Claro que não. – Draco respondeu tão rápido que pareceu suspeito. – Eu não falo porque não temos nenhuma novidade.
-Bom, e quando vão ter? Esse noivado de vocês já está mais longo que alguns casamentos. Quantos anos já são?
-Sete. – resmungou Draco.
-Sete anos... Se eu tivesse quebrado um espelho no dia do seu noivado, a má sorte já teria passado.
-Pai, não começa. – o rapaz começou a arrumar a mesa pra sair – Já tô com a cabeça cheia de problemas pra agüentar sermão.
-Só fique sabendo que não vai herdar essa empresa se não se casar.
-E que diferença vai fazer um papel e uma aliança? Eu já mando nessa empresa sendo solteiro, acha que se me casar, vou ser mais competente?
Lucius ergueu as sobrancelhas e Draco percebeu que fora longe demais.
-Pensa que é quem pra falar nesse tom comigo, rapaz?
-Me desculpe. Não pretendia me exaltar. – o toque do celular de Draco se fez ouvir e ele o pegou, aliviado. “Tomara que seja a Pans!”, pensou antes de olhar o visor e ver o nome de Blaise. “Ah, que se dane, vai ter que servir” – Oi querida.
-Iih, qual é, Draco? Tá me estranhando?
-Eu já to saindo. Tô terminando uma conversa com meu pai.
-Ah, o paizão tá botando uma pressão, né?
-É, isso mesmo. Vou te buscar, tô saindo agora.
-Tá bom, meu amor. – debochou Blaise – Vou bater um bolo pra você, tá?
-Até daqui a pouco, tchau. – e desligou. A farsa pareceu enganar o pai, pois este estava com uma expressão mais satisfeita – Bom, se o senhor me dá licença, vou encontrar minha noiva.
-Aproveite pra marcar a data. Pare de enrolar a moça.
Draco vestiu o paletó, despediu-se rapidamente do pai e saiu. Tinha que falar com Pansy pra acabarem de vez com aquilo, seus pais não mereciam serem enganados assim.
~*~
-Ai, Merlin, o quê aconteceu com esse vestido?
-Eu não sei. Chegou assim da confecção!
-Está arruinado! – Pansy passou as mãos nos cabelos e fechou os olhos com força.
-Acalme-se, podemos tentar dar um jeito. – disse a secretária, cautelosa.
-Que jeito?! Jane, esse vestido tem que ser entregue a Celestina Warbeck até amanhã! É um modelo exclusivo que ela vai usar na entrega do Prêmio Sathirus. Agora me diz, como eu vou explicar pra uma das cantoras mais famosas do país que ela não vai ter o que vestir??
-Podemos modificar um dos modelos prontos e pedir urgência na confecção. – sugeriu Jane.
A morena sentou em um pufe e afundou o rosto nas mãos. Odiava quando as coisas fugiam ao seu controle. Falou com a secretária sem levantar a cabeça.
-Pega aquele vestido azul-petróleo que tem xale de seda, é o único que vai caber nela mesmo...
Mais que depressa, a assistente trouxe a peça e a pôs num cabide. Pansy pegou uma prancheta e com um lápis fez o esboço e as modificações necessárias. Seus olhos e mãos trabalhavam febrilmente.
-Jane, arranja outra confecção. Com essa, eu não trabalho mais. – disse, sem tirar os olhos do vestido e da prancheta.
-Ok. – antes que a moça chegasse ao telefone, este começou a tocar. Jane apressou-se a atender, antes que a chefe tivesse uma crise nervosa – Alô?
-Aqui é a senhora Parkinson. Eu quero falar com a minha filha.
-Pois não, sra. – dirigiu-se à morena – Pansy, é sua mãe.
-O que ela quer?
-Acredito que queira falar sobre o casamento. Em geral, ela só liga pra tratar desse assunto.
-Ai Merlin, dai-me paciência. – pegou o fone – Alô?
-Querida, estava conversando com a Narcisa e comentei que suas flores favoritas são lírios, mas ela disse que Draco é alérgico. O que você acha de trocarmos por rosas brancas?
-Mãe, do que você tá falando?
-Do seu casamento, filha. Do que mais seria? – Melissa Parkinson usou aquele tom de “isso não é óbvio?” ao responder.
-Mãe, aconteceu uma tragédia aqui no ateliê e você liga pra falar de casamento? O que você tem na cabeça? – esbravejou a moça.
-Eu me preocupo com a sua vida. O que é mais importante do que o seu relacionamento?
-Qualquer coisa! Agora, por favor, mãe, me deixa trabalhar. Tchauzinho. – e desligou. A secretária atônita, a encarava com a boca entreaberta – O que foi, Jane?
-A sua mãe deve estar muito zangada agora.
-Bom, ela não vai morrer por causa disso. Parece não saber que o mundo não gira em torno dela...
-Pansy, o que ela não sabe é que você não quer se casar com o Malfoy. Pra ela, os preparativos estão indo muito bem.
-Ai, não quero pensar na minha mãe agora. O lançamento da próxima coleção tá aí e eu não tive nenhuma idéia genial pro tema do desfile. – o som do celular pareceu acalmar a morena, pois reconheceu o toque exclusivo – Oi Draco. Já to descendo. – dirigiu-se à secretária – Jane, eu não volto hoje. Se alguém perguntar, você inventa alguma coisa, tá? E se minha mãe ligar de novo, diz que eu fui almoçar com o meu noivo.
-Ok.
-E, por favor, manda o vestido pra confecção.
-Aquela de emergência?
-É. E procure uma confecção nova.
-Sim, senhora. – respondeu a secretária, sentando à mesa e pegando o telefone.
Pansy pegou suas coisas e saiu, absolutamente preocupada com a obsessão que sua mãe tinha pelo seu casamento.
~*~
Draco e Pansy foram a um simpático restaurante que já freqüentavam há algum tempo. Ocuparam sua mesa reservada.
-Você me salvou de uma boa hoje. – começou Draco.
-Por que?
-Meu pai foi me interrogar.
-Deve ter combinado com a minha mãe, então. Ela propôs trocar os lírios por rosas brancas porque você é alérgico.
-Realmente sou alérgico, mas do quê ela estava falando?
-Decoração do casamento.
O louro suspirou, cansado. Aquele assunto já se tornara mais do que cansativo.
-Meu pai me intimou. Disse com todas as letras que se eu não me casar, não herdo a empresa.
-Ele já não fez isso antes? – perguntou a morena, sorrindo.
-Já, mas dessa vez foi mais sério. Não tá dando mais pra enrolar, Pans. Estamos oficialmente noivos há 7 anos! É muito tempo!
-Eu sei, mas meus pais terão um ataque se eu disser simplesmente “Gente, apesar de ter passado 7 anos noiva, eu não me casar com o Draco. Vocês entendem, não?” Minha mãe jogaria um sapato na minha cabeça...
-Isso seria ainda melhor que ser azarado. Não espero menos de Lucius Malfoy. – o louro fez uma pausa –Mas não tem outro jeito. Nós temos que terminar.
-Dá tempo de comprar uma passagem só de ida pro fim do mundo? – brincou Pansy.
-Não mesmo. Estamos ficando sem tempo. E sem desculpas.
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